Questionada a eleição da Apac
A Associação de Proteção e Assistência aos Condenados de Viçosa (Apac) reelegeu, conforme noticiado na edição anterior do Folha da Mata, no dia 27 de abril, a atual diretoria da entidade, presidida por Sandra Gomes Canuto, reeleita com 67 votos.
Ao contrário de outros pleitos, quando era bem menor o número de participantes - a última foi de apenas vinte e seis votantes - foi aberta a votação, desta feita, para os sócios-fundadores e voluntários com cadastro atualizado, mesmo eles não tendo assiduidade na sede da entidade. A outra chapa foi encabeçada por Rosângela Santana Fialho, que obteve 34 votos. No total, foram computados 101 votos, tendo havido votação paralela, com a assinatura de voluntários cujos nomes não constavam da lista atual de votantes, sendo tais votos (7) entregues à mesa apuradora, que os considerou nulos.
A chapa derrotada questiona diversas coisas, dentre essas a prestação de contas que não estaria coincidindo com o número de votantes (voluntários deverão atuar há pelo menos seis meses antes de ter direito a voto) e supostas arbitrariedades com a demissão de funcionários após várias fugas de recuperandos. "A comissão eleitoral não estava de acordo com o estatuto e em somente cinco dias foi alterada a sua composição e todas as decisões sobre o processo eleitoral já haviam sido tomadas, até mesmo a correspondência aos votantes. A presidente da gestão anterior e reeleita, teve acesso a todos os votantes, inclusive dentro das dependências da Apac, enquanto a outra candidata só teve acesso à lista apenas na sexta-feira anterior à eleição, quando foi entregue a lista de endereços. Ex-funcionários e ex-estagiários que prestaram serviços remunerados foram considerados aptos a votar e até pai de recuperando (que sequer participou de reuniões familiares na Apac) foi considerado apto a votar, não sendo dado a outros pais o mesmo direito.
Mudança no horário de votação foi solicitado pra ser alterado, ampliando o tempo de votação e sequer resposta foi dada. Na reunião da comissão eleitoral, no dia 20/3, foi questionada a presença de apenas um membro da comissão, sem a presença do presidente e do outro terceiro membro e solicitado que constasse em ata. Ignoraram totalmente a observação solicitada pela outra chapa, para que não houvesse como constatar os fatos. A chapa 1 foi apresentada, inicialmente, de uma forma, e na oficial, já era de outra forma, por exemplo: constou-se na apresentação os nomes do defensor Horácio como membro da chapa e o Pe. Paulo Dionê Quintão, este, presidente do Conselho Deliberativo (inclusive mostrando suas fotos) e na oficial estes nomes não estavam registrados. Havia outras irregularidades na chapa 1: membro da comissão eleitoral, compondo a chapa, o que depois de denunciado, foi retirado, na mesma oportunidade quando foi corrigido o dos membros da comissão eleitoral. Mas o fato mais grave foi a lista de voluntários aptos a votar: 134 (sem considerar os sócios fundadores e das autoridades), demonstrando total controvérsia com o quadro real de voluntários.
A Federação das Apac's (FBAC) legitimou todas as irregularidades por nós apontadas anteriormente à votação. O vereador Edenilson José de Oliveira (PMDB), membro da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Viçosa, se prestou a buscar votantes, fazendo “boca de urna”, relata a denúncia.
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