Aluno da UFV estuda proliferação do Coronavírus na Espanha

O estudante da UFV (Universidade Federal de Viçosa), Wesley Cota, está participando de um estudo na Universidad de Zaragoza, Espanha, sobre proliferações de epidemias. Ele é orientado pelo professor Sílvio Ferreira, do Departamento de Física da UFV e integra o Grupo de Investigações de Sistemas Complexos da UFV, que estuda problemas por meio da simulação e cálculos analíticos para fazer previsão sobre determinadas situações. Wesley Cota faz um intercâmbio naquele país, sendo acompanhando do professor espanhol Jesus Goméz-Gardenes, e integra a equipe de dez pesquisadores que atua na construção de modelos matemáticos com equações para prever a proliferação do Covid-19 (coronavírus). O trabalho é desenvolvido com a utilização de dados de mobilidade urbana do Instituto Nacional de Estatística da Espanha e busca compreender a proliferação do coronavírus, além de prever o risco da epidemia se espalhar nos municípios daquele país.

Wesley Cota (em pé à direita) integra a equipe, liderada pelo professor Jesus Goméz-Gardenes da Universidad de Zaragoza, Espanha (Foto: Arquivo Pessoal/Wesley Cota)

Os pesquisadores mantêm diariamente a página interativa “Mapa de riesgo de propagación de Covid-19 por contagio comunitario en España”, disponível para o público em geral. O professor Sílvio Ferreira destaca que o estudo tem grande repercussão midiática naquele país, pois a margem de erro é de 5%, entre previsão e a realidade de propagação do vírus. De acordo com Sílvio Ferreira, uma das limitações encontradas no trabalho é dificuldade para obter dados em tempo real, que reduziriam a margem de erro. No entanto, esclarece que o estudo pode ser realizado no Brasil desde que sejam obtidos dados semelhantes aos espanhóis. Ainda de acordo com Sílvio Ferreira, naquele país, os dados de mobilidade já estavam preparados e isso facilitou a aplicação dos modelos à realidade, quando o coronavírus começou a se proliferar. Segundo ele, o estudante Wesley Cota está buscando meios para conseguir dados para realizar a pesquisa no Brasil. Na Espanha, o estudante da UFV tem a função de calibrar os modelos sistêmicos, fazer as equações e elaborar os gráficos para visualização em tempo real.