Vereadores pedem reconsideração de remanejamento do tratamento contra o câncer para Ponte Nova

Nove vereadores de Viçosa assinaram uma representação direcionada ao secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti Vitor, requerendo intervenção em relação ao remanejamento do tratamento contra o câncer de moradores de Viçosa e cidades da microrregião de Muriaé para Ponte Nova.

A representação foi escrita pelo vereador Edenilson Oliveira (PSD) e conta com a assinatura dos vereadores Vanja Honorina (PSD) - mesmo partido do deputado federal Mizael Varella - Bartomélio da Silva Martins (PT), Cristiano Gonçalves (Solidariedade), Daniel Cabral (PCdoB), João Januário Ladeira (Cidadania), Rafael Magalhães Cassimiro (PSDB), Rogério Fontes (sem partido), Robson Alencar (Cidadania).

A solicitação do vereador surge após a aprovação da Deliberação CIB-SUS/MG n° 4.149, em 19 de abril de 2023, que determinou o remanejamento de cotas da Oncologia na PPI (Programação Pactuada Integrada) da microrregião de Viçosa após habilitação de serviços no município de Ponte Nova. Com essa alteração, o tratamento contra o câncer para a população de Viçosa e das cidades da microrregião passou a ser direcionado para o Instituto de Oncologia do Hospital Nossa Senhora das Dores, em Ponte Nova, deixando de ser referenciado pelo Hospital do Câncer de Muriaé, da Fundação Cristiano Varella.

A representação solicita a reconsideração da decisão, argumentando que o Hospital do Câncer de Muriaé é reconhecido nacionalmente pela excelência e eficácia dos serviços especializados que oferece. O documento argumenta que a população de Viçosa e das cidades da microrregião já possui uma relação de confiança estabelecida com o Hospital do Câncer de Muriaé. 

“Essa mudança abrupta para o Hospital Nossa Senhora das Dores em Ponte Nova gera insegurança e desconforto nos pacientes já fragilizados pelo diagnóstico de câncer, rompendo o vínculo de proximidade construído ao longo do tempo”, ressalta.

Além disso, o vereador autor do requerimento destaca que a mudança para o Hospital Nossa Senhora das Dores em Ponte Nova, que é iniciante na área, pode gerar uma possível sobrecarga na capacidade de atendimento, comprometendo a qualidade dos serviços prestados.

Não quiseram assinar o documento os vereadores Gilberto Brandão (Avante), Jamille Gomes (PT), Marco Cardoso (PSDB), Marcos Fialho (sem partido), Marly Coelho (PSC) e Sérgio Marota (PL).