Seminário discutirá reativação da malha ferroviária mineira
A Comissão de Desenvolvimento Econômico da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou requerimento que solicita a realização de debate público para discutir os problemas da malha ferroviária mineira. O presidente da Comissão, deputado Roberto Andrade (PSB), um dos autores do pedido, quer debater a reativação das linhas férreas abandonadas no estado. O parlamentar também está preocupado com a situação de vários vagões que eram utilizados para o transporte de cargas e pessoas e estão enferrujados e degradados.
Para analisar a questão, será realizado um seminário sob o título “Minas de volta aos trilhos”, no qual serão discutidas as consequências da MP 752/2016 (Lei 13.424/2017), que renova as concessões ferroviárias em Minas Gerais e no Brasil. O evento será realizado no dia 27 de novembro, na ALMG, e contará com a participação de autoridades, especialistas e membros da sociedade civil.
Entre os objetivos do seminário, estão a proposição de uma lei que declare patrimônio público toda a malha ferroviária do estado, a reorientação do fundo para conservação e melhorias das linhas férreas e a criação da Frente Parlamentar Mineira Pró-Ferrovias.
De acordo com Roberto Andrade, as ferrovias mineiras têm grande relevância para o desenvolvimento econômico, a cultura e a história do estado. “As antigas estações de trem estão desabando, pichadas, abandonadas ou sem uso. Em muitos municípios, os trilhos foram arrancados. O governo estadual deve buscar mecanismos para mudar esse quadro, possibilitando, além do desenvolvimento econômico, a preservação da história e da cultura do povo mineiro, que se desenvolveu com a ajuda das ferrovias”, esclareceu.
Entusiasta da reativação das ferrovias, o vice-presidente do Circuito Turístico Serras de Minas, Jershon Ayres de Morais, disse que o seminário servirá para debater a antecipação da renovação dos contratos de concessão do uso das linhas férreas pelas grandes empresas mineradoras. “Esse contratos vencem somente daqui a dez anos, mas as empresas querem a renovação antecipada, e nós não aceitaremos essas renovações enquanto as concessionárias não indenizarem as malhas ferroviárias que foram abandonadas e depredadas durantes os últimos 20 anos”, explicou.
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