Funcionária reclama de perseguição na EE Padre Álvaro
A Polícia Militar registrou Boletim de Ocorrência na manhã do último dia 17, atendendo ao pedido da auxiliar de serviços gerais, Alessandra Cristiana de Souza, de 37 anos.
De acordo com o BO 85322780, Alessandra estava sendo impedida de exercer suas funções na Escola Estadual Padre Álvaro Correia Borges por desentendimentos com a diretora, Marinez da Consolação Souza. Diz ainda o registro policial que a funcionária teria sido vítima de injúria racial e que constantemente se desentende com a diretora, que a menospreza e que não nutri nenhuma simpatia por ela.
À Polícia Militar, a diretora negou qualquer sentimento de antipatia pela funcionária e também negou que tivesse cometido algum ato de discriminação devido à cor da pele de Alessandra.
Na tarde da sexta-feira, 18, Alessandra Cristiana esteve na redação do jornal Folha da Mata onde questionou a autoridade de Marinez quanto a sua demissão. Ela entende que a diretora não tem autonomia para admitir ou demitir nenhum funcionário e acrescentou que recebe os seus salários do Governo do Estado, e só a ele deve satisfações.
O atrito entre as duas profissionais, segundo Alessandra, começou depois da veiculação de uma reportagem no jornal “O Popular” denunciando a insatisfação de alunos e funcionários da escola em relação a forma de atuar da diretora.
Na segunda-feira, 21, a reportagem do Folha da Mata falou sobre o assunto, por telefone, na Inspetoria da Superintendência Regional de Ensino de Ponte Nova (SRE). A inspetora Roselena Aparecida informou que, oficialmente, a SRE ainda não havia sido informada da situação, mas que faria contato com a diretora.
Na manhã desta quarta-feira, 23, a redação do jornal falou com a diretora da Escola Padre Álvaro. Por telefone ela disse que a demissão de Alessandra se deu por vontade única e exclusiva do colegiado e foi baseada em fatos como, por exemplo, alteração de datas no livro de pontos feitas pela funcionária.
Nesse mesmo dia, a diretora da escola disse à reportagem do jornal que, por decisão do Colegiado, foi dada nova chance à funcionária. Ela teve a sua rescisão contratual anulada e foi readmitida.
De acordo com Marinez, essa possibilidade estava em aberto desde a abertura do processo de demissão. O Colegiado levou em conta os oito meses de bons serviços prestados por Alessandra à escola, fato primordial para que a decisão da demissão fosse revista, informou a diretora.
Comentários (0)
Comentários do Facebook