Audiência pública: servidores e gestores do Saae não entram em acordo sobre plano de carreira
Proposta elaborada por comissão de servidores é considerada inviável pela diretoria do Saae
Durante uma audiência pública realizada na última quinta-feira, 23, na Câmara Municipal de Viçosa, o vice-presidente da Casa, vereador Daniel Cabral (PCdoB), conduziu uma discussão sobre o Plano de Carreira do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) da cidade.
Ao lado de membros da mesa diretora, como o diretor-presidente do SAAE, Marcos Nunes, e representantes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Viçosa (SINFUP), Cabral afirmou que a instituição não tem entregado um serviço de excelência, mas que a culpa não é do servidor, e sim da falta de investimento na infraestrutura do SAAE e na valorização de seus funcionários.
O diretor-presidente do SAAE, Marcos Nunes, informou que, embora tenha participado da Comissão de Revisão do Plano de Carreira, o projeto tal como está não é viável, pois geraria um custo que a autarquia não tem como bancar. Nunes ainda afirmou que o aumento salarial proposto é inviável, mas ressaltou a necessidade de aumentar a tarifa de água e esgoto para melhorar os serviços e salários dos funcionários.
A discussão também abordou a questão da dívida ativa do SAAE e o que está sendo feito para aumentar a receita da autarquia. O vice-presidente do SINFUP, Emerson Jacinto, questionou a declaração de Nunes sobre não poder pagar um complemento salarial, lembrando que o prefeito da cidade havia afirmado que nenhum funcionário do SAAE receberia menos que um salário mínimo. Nunes reafirmou que o SAAE não tem condições de fazer a complementação salarial, e que ou o Executivo injeta dinheiro ou terá que aumentar a tarifa.
A audiência também contou com a participação de José Armando, operador de Estação de Tratamento de Água, que defendeu a autonomia do SAAE, pedindo que a autarquia seja desvinculada da Prefeitura de Viçosa.
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