Alimentação e energia elétrica elevam Inflação em Viçosa no mês de setembro

Alimentação e energia elétrica elevam Inflação em Viçosa no mês de setembro

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-Viçosa) registrou inflação de 0,57% em setembro, um aumento de 0,45 ponto percentual em relação a agosto. Esse resultado acompanha a tendência nacional, com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo IBGE, também em alta de 0,44% no mesmo período, 0,46 ponto percentual acima do mês anterior.

Seis dos sete grupos analisados pelo IPC-Viçosa apresentaram variação positiva em setembro, com destaque para Alimentação (1,10%), Transporte e Comunicação (0,71%) e Educação e Despesas Pessoais (0,68%). Já o grupo Artigos de Residência foi o único a registrar queda, com recuo de 1,36%.

O grupo Alimentação, que representou 52,49% da inflação total do mês, foi o que mais impactou o índice. O aumento de preços nesse setor foi impulsionado por condições climáticas adversas, como a falta de chuvas e o clima seco, que afetaram diversas lavouras e a produção de carnes.

No grupo Transporte e Comunicação, responsável por 21,44% do índice total, a alta de 4,52% no preço do Transporte Coletivo Interurbano foi um dos principais fatores de elevação. Já no grupo Habitação, que respondeu por 19,54% da inflação de setembro, o destaque foi o reajuste de 3,15% na tarifa de energia elétrica residencial, resultado da seca que levou a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) a acionar a bandeira tarifária vermelha patamar 1. Com isso, as famílias passaram a pagar uma taxa adicional de R$4,46 a cada 100 quilowatt-hora consumidos.

Quanto à cesta básica, seu custo aumentou 3,08%, com destaque para a alta de preço dos produtos Carne moída(13,42%), Farinha de trigo (12,17%) e Banana (8,27%).

Em termos de valor, a cesta básica em Viçosa custou R$ 518,16, ou seja, R$15,47 mais cara em comparação ao mês de agosto, cujo custo havia sido de R$502,69.

Na prática, um trabalhador viçosense que ganhou um salário-mínimo de R$ 1.412 em setembro gastou 36,70% de sua renda para adquirir os produtos que compõem a cesta básica de alimentação, em comparação a 35,60% em agosto. Dessa forma, em setembro, após a aquisição da cesta básica, restou ao trabalhador R$ 893,84 para atender às demais despesas de moradia, saúde e higiene, serviços pessoais, vestuário e transporte.