Insatisfação com os serviços da Cemig continua sendo pauta na Câmara

A primeira reunião do ano da Câmara Municipal de Viçosa, realizada na última segunda-feira (3), contou com a participação do ex-vereador Luiz Eugênio Moura, que utilizou a tribuna livre para expor problemas enfrentados pela população com a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Luiz Eugênio criticou a falta de estrutura, omissão e terceirização dos serviços da empresa, que, segundo ele, vêm causando transtornos frequentes à comunidade.

O ex-vereador relatou que está há cinco dias sem energia elétrica em sua propriedade na zona rural, o que desencadeou outros problemas, como a falta de água, já que muitas residências dependem de bombas elétricas para abastecimento. Moura afirmou que já protocolou denúncias junto ao Ministério Público e participou de audiências na tentativa de buscar soluções.

A fala na tribuna recebeu apoio de parlamentares, que também demonstraram preocupação com a qualidade dos serviços prestados pela Cemig. O vereador Omar Luz (UNIÃO) destacou que moradores da região do Acamari e de outras áreas enfrentam constantes oscilações elétricas, agravadas no final de 2024. “Gostaria que vossa excelência suscitasse a Comissão de Abastecimento de Indústria, Comércio e Defesa do Consumidor para tratar do assunto com mais profundidade", sugeriu o vereador ao presidente.

Já o vereador Rogério Fontes (PP) relembrou a Lei Municipal nº 2.954/2022, de sua autoria, que trata da organização da fiação na cidade, alertando que a questão não apenas compromete o fornecimento de energia, mas também contribui para a poluição visual. Rogério afirmou estar em contato com a Cemig para tratar do problema.

O presidente da Câmara, Robson Alencar (PSB), acolheu a solicitação do vereador Omar Luz e pediu ao presidente da Comissão de Abastecimento, o vereador Wallace Francis (SD), que tome conhecimento do caso e apresente uma resposta à população.

REUNIÃO EM BH

O vereador Marco Cardoso (PRD) também se manifestou de forma contundente, relatando que já enviou diversas representações e esteve na sede da Cemig, em Belo Horizonte, em busca de soluções. Ele criticou o histórico de promessas não cumpridas por parte da empresa e destacou a situação crítica na região do Paraíso, onde as quedas de energia chegam a ocorrer 30 a 40 vezes por dia. “Não sei mais o que fazer”, desabafou.

Marcão relatou ainda que, na semana passada, se reuniu com o diretor de Relações Institucionais da Cemig, João Paulo de Castro Ferreira, e com o deputado federal Rodrigo de Castro. Na ocasião, a Cemig pediu um prazo de 30 dias para enviar uma equipe técnica a Viçosa para investigar os problemas. “Expliquei que a melhoria foi zero, e eles ficaram assustados, porque inauguraram uma nova subestação na cidade, mas na prática nada mudou. A situação piorou nos últimos anos”, afirmou.

O vereador também cobrou a instalação de uma base operacional da Cemig no município, uma vez que atualmente as equipes técnicas partem de Ponte Nova para atender ocorrências em Viçosa, o que prolonga significativamente o tempo de resposta.

Fonte: Câmara de Viçosa