Estudo indica queda da violência doméstica e familiar nos municípios mineiros
Como parte das ações de enfrentamento da violência contra a mulher, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) divulgou nesta segunda-feira, 6, um diagnóstico com o detalhamento deste tipo de crime em todo o Estado.
A divulgação dos dados, às vésperas do Dia Internacional da Mulher, busca dar publicidade ao problema, além de detalhar os índices que são utilizados por várias políticas, de diferentes áreas do Governo, no enfrentamento da violência contra a mulher.
O “Diagnóstico da Violência Doméstica e Familiar em Minas Gerais 2015-2016” mostra um panorama de violências físicas, psicológicas, patrimoniais, morais e sexuais sofridas pelas mineiras, com tipificações baseadas na Lei 11.640/2016, mais conhecida como Lei Maria da Penha.
O estudo traz dados de todas as 853 cidades do Estado e a avaliação foi realizada a partir da média encontrada dos crimes em todo o Estado.
Resultados
A violência doméstica e familiar contra a mulher caiu, entre 2015 e 2016, em todo o Estado. Em Minas, foram 2.681 ocorrências a menos deste tipo de crime no último ano, o que representa uma queda de 2,08%.
Numa escala dividida em baixo, médio e alto índice de violência, Viçosa foi considerada como médio índice de violência. Segundo o relatório, a taxa de violência doméstica e familiar contra a mulher na cidade teve média anual de 5,82 em 2015 e de 5,95 em 2016. Em relação à média estadual, a taxa de Viçosa está acima do esperado, pois em todo o estado o índice foi de 5,35 em 2015 e de 5,47 em 2016.
Essa taxa de violência foi calculada pela divisão do número de ocorrências de crimes registrados pela polícia, cujas vítimas foram do sexo feminino, pelo tamanho da população residente nas cidades. Isso significa que a cada mil habitantes, 5,82 mulheres sofreram algum tipo de violência doméstica em Viçosa, em 2015 e 5,95, em 2016.
Perfil do agressor
O estudo traz uma análise dos perfis das mulheres vítimas de violência doméstica e familiar no Estado e constata que em aproximadamente 38% dos casos, os agressores são cônjuges e companheiros e, em 31%, ex-cônjuges e ex-companheiros.
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