Vigilância Epidemiológica investiga óbito de criança após infecção bacteriana em Viçosa

Prefeitura divulgou uma nota em conjunto com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) alertando profissionais da saúde e a população em geral sobre o caso

Vigilância Epidemiológica investiga óbito de criança após infecção bacteriana em Viçosa

Na última sexta-feira (19), a Prefeitura de Viçosa divulgou uma nota oficial em conjunto com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), alertando profissionais da saúde e a população em geral sobre um caso grave de infecção por Streptococcus pyogenes, também conhecido como estreptococos do grupo A (GAS). A infecção, que resultou em um óbito de uma criança entre 0 e 5 anos em Viçosa, levanta preocupações sobre a possível presença de outros casos e a necessidade de medidas de controle.

De acordo com a nota, o caso foi inicialmente notificado à Secretaria Municipal de Saúde de Viçosa no dia 14 de agosto. A criança apresentou sintomas de infecção generalizada de evolução rápida e fulminante, sem causa definida. Durante a investigação, os resultados de hemocultura confirmaram a presença de Streptococcus pyogenes, além de um teste positivo para vírus respiratórios.

Ainda segundo a nota, as autoridades de saúde locais estão atuando em conjunto com a SES-MG para conduzir investigações epidemiológicas detalhadas, monitorar possíveis casos suspeitos e contatos próximos, além de implementar medidas de controle para conter a propagação da infecção. 

A DOENÇA

A infecção por Streptococcus pyogenes, ou estreptococos do grupo A, é conhecida por causar uma variedade de doenças leves, como amigdalite, faringite, impetigo, celulite e escarlatina. Normalmente, essas infecções são tratadas eficazmente com antibióticos, e a pessoa deixa de ser contagiosa após 24 horas de tratamento. A transmissão ocorre principalmente por contato próximo com pessoas infectadas, podendo ser propagada por tosse, espirro ou contato com feridas.

Contudo, a infecção por GAS também pode, em casos raros, evoluir para formas invasivas mais graves, que incluem condições potencialmente fatais, como fasceíte necrosante e síndrome do choque tóxico estreptocócico. Além disso, infecções por GAS podem desencadear doenças pós-imunes, como glomerulonefrite pós-estreptocócica, febre reumática aguda e cardiopatia reumática.