Viçosa vai discutir desafios do Novo Ensino Médio na segunda-feira (29)
Estão convidados para a audiência pública os estudantes, professores, servidores das escolas e o sindicato dos professores
Está marcada para a próxima segunda-feira (29) às 9h, no auditório do Departamento da Economia Rural da UFV, uma audiência pública da Câmara de Viçosa que visa discutir a reforma do Ensino Médio. A solicitação foi realizada pelo vereador Bartomélio Martins (Professor Bartô) (PT), que desde o ano passado vem recebendo queixas de escolas do município a respeito dos desafios que o Novo Ensino Médio impôs aos alunos e toda a comunidade escolar. Estão convidados para a audiência os estudantes, professores, servidores das escolas e o sindicato dos professores.
Segundo Bartomélio Martins, a grande maioria das escolas não possui estrutura adequada para a mudança, além disso, pode ocasionar evasão escolar, principalmente daqueles que têm jornada dupla: estudam e trabalham. “A matriz curricular do Novo Ensino Médio é muito limitada, onde os alunos precisam escolher um itinerário formativo, que muitas das vezes nem se interessam para seguir a formação. Além disso, muitos desses alunos trabalham para ajudar a família e, com o tempo integral, isso não é possível", explica.
Bartô espera a participação de alunos das escolas estaduais Effie Rolfs, Esedrat, Santa Rita de Cássia, Alice Loureiro, José Lourenço de Freitas, Raul de Leoni e CESEC, além do Coluni, para discussão das mudanças na estrutura do Ensino Médio.
Dois deputados foram convidados e, segundo Bartô, confirmaram presença. O deputado federal Rogério Correia (PT), que é integrante da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, e a deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT), presidente da Comissão de Educação da ALMG (Assembleia Legislativa de Minas Gerais). A Superintendência de Ensino de Ponte Nova também foi convidada.
O NOVO ENSINO MÉDIO
A Lei nº 13.415/2017 alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e estabeleceu uma mudança na estrutura do ensino médio, ampliando o tempo mínimo do estudante na escola de 800 horas para 1.000 horas anuais (até 2022) e definindo uma nova organização curricular, mais flexível, que contemple uma Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e a oferta de diferentes possibilidades de escolhas aos estudantes, os itinerários formativos, com foco nas áreas de conhecimento e na formação técnica e profissional.
O novo modelo começou a ser implementado de forma gradual em 2022 e, até 2024, estará implantado em todas as turmas do país.
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