RU mais antigo da UFV será fechado para reforma a partir de fevereiro

O Restaurante Universitário I (RU I) da UFV (Universidade Federal de Viçosa) será amplamente reformado a partir de fevereiro de 2025, com conclusão da obra prevista para o segundo semestre de 2026 ou início de 2027. Devido à reforma, os serviços de refeições diárias serão transferidos para o Restaurante Universitário III (MU).

Segundo a Pró-reitoria de Assuntos Comunitários (PCD) da instituição, a medida seguirá um plano de contingência para adaptar e viabilizar o volume expressivo de refeições e circulação de pessoas no Multiuso, espaço vinculado ao Centro de Vivências da UFV.

Portanto, durante o período da reforma, o MU será administrado pela FoodLeve, empresa terceirizada que opera os restaurantes universitários da UFV desde 2018. Até o ano passado, o MU era o único restaurante de autogestão, ou seja, administrado pela própria universidade e operado pelos poucos servidores efetivos que ainda não se aposentaram.

Por parte dos estudantes, há um receio de que o MU seja definitivamente fechado após a reforma do RU I. O principal motivo da preocupação é o fato do MU ser o único restaurante que serve refeições produzidas com alimentos provenientes da agricultura familiar. O MU está fechado desde dezembro de 2024 e não há previsão para novas aquisições da agricultura familiar, fato que repercutiu entre os estudantes universitários nas redes sociais.

 A PCD, no entanto, afirmou ao Folha da Mata que o retorno do MU será avaliado após o encerramento das obras, mas não descartou a possibilidade de encerrar as atividades.

O Diretório Central dos Estudantes da UFV (DCE), diante da repercussão do caso, divulgou, na última terça-feira (07), uma nota técnica para esclarecer a atual situação do MU e das obras do RU I. Segundo o DCE, no início de janeiro de 2024, a atual gestão estudantil e a própria PCD se reuniram para discutir as condições do Restaurante Universitário I. 

Durante o encontro, foram apresentados relatos de precariedade do espaço, em especial à superlotação, inadequação de ventilação e deficiências que comprometem a segurança e a higiene. Aliada a essa reunião, denúncias e um abaixo-assinado, a reforma foi oficialmente decretada pela UFV.

Na nota o DCE explicou que, apesar da transferência, não houve a extinção da autogestão ou da compra de alimentos da agricultura familiar, mas sim uma suspensão temporária devido à reforma, já que o quantitativo de servidores efetivos e o fornecimento dos produtos não conseguiriam suprir o volume expressivo de refeições.

“Após a conclusão da reforma do RU I, será feita uma avaliação sobre a viabilidade de retomada plena das atividades no MU, considerando a disponibilidade de pessoal e a necessidade de novos códigos de vagas para cargos públicos na área”, declarou o DCE, que ainda firmou um compromisso em monitorar as obras no RU I e em realizar um diálogo contínuo com a UFV para garantir transparência e cumprimento dos prazos estabelecidos.