O Centro de Promoção do Desenvolvimento Sustentável (Census) está lançado o seu primeiro Retrato Social Rural de Viçosa. Produzida com apoio da Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais), a obra é fruto de trabalho de pesquisa que abrange todo e espaço territorial rural do município, utilizando a metodologia de amostra de domicílios, a qual rastreou condições demográficas, sociais, educacionais, de renda e moradia, dentre outras.
A publicação reúne amplo conjunto de dados relevantes que é colocado ao alcance de pessoas e instituições interessadas por fonte de informações sobre o município, que atendam a objetivos diferenciados, servindo de base para a tomada de decisão de gestores públicos e privados. Para tanto, estruturou-se o documento abordando as seguintes temáticas: aspectos demográficos, habitação e infraestrutura, aspectos econômicos e aspectos sociais. Também pode ser utilizada como fonte de consulta e pesquisa para pesquisas escolares e de setores empresariais interessados em dados referenciais.
Para a elaboração da obra, as entrevistas feitas nos domicílios das comunidades que integram a pesquisa e levantamentos junto ao IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e outros órgãos da administração pública do município, do estado e do governo federal. Ao todo, segundo o Census, foram realizadas 137 entrevistas domiciliares nas comunidades das regiões do Córrego Fundo (Córrego Silêncio, Divera, Pedreira e Pedra Redonda), Buieié (Zig-Zag, Estação Velha, Buieié, Violeira e Santa Teresa), São José do Triunfo (Cascalho, São José do Triunfo, Cachoeirinha, Córrego dos Cassemiros), Juquinha de Paula (Juquinha, Córrego São Francisco, Córrego Mariano, Córrego Machado), Arrudas (Arrudas, Pau de Cedro, Gentil, Estiva, Córrego São João, Ponte do Turvo, Poca, Zubá, Cana Miúda, Arruda, Portugueses, Coura, Vista Alegre), Piúna (Piúna, Pião, Duas Barras, Itaguaçu de Cia, Itaguaçu de Baixo, Lemes), Paula (Paula, Santiago e Macena), Nobres (Nobres, Córrego da Onça, Coelha e Colônia Vaz de Melo). Paraíso (Paraíso, Palmital e Córrego do Engenho), Paiol (Paiol, Sumidouro, Varginha, Córrego Seco e Bragança), Cristais (Cristais de Cima, Cristais de Baixo, Fazenda Dom Bosco, Bom Sucesso, Canela e Sapé), Retiro (Retiro, Mãe Tunica e Mãenarte).
De acordo com a obra do Census, a população de Viçosa cresceu quase três vezes nos últimos 43 anos, passando de 25.784 habitantes em 1970 para par a 76.147 em 2013.
Em contrapartida, a urbanização acelerada reduziu de 34,10% para 6,80% no mesmo período a percentagem da população rural existente no município.
Conquistas e carências
Nas apurações sobre prestação de serviços essenciais existentes nas comunidades rurais viçosenses constatou-se, por exemplo, que 95,62% delas contam com energia elétrica; 100% dispõe de telefone celular; 14,60% têm telefone fixo; 86,13% contam com transporte público; e apenas 8,03% têm internet.
Com relação às carências de serviços básicos, uma delas chama a atenção: Piúna e Paiol pedem o fim das classes multisseriadas nas escolas municipais básicas que servem àquelas comunidades. Mas, em todas as comunidades rurais, as carências apontadas pela população são amplas e variadas, indo desde a falta de coleta de lixo, reclamação contundente em Córrego Fundo e Córrego São João, até os pedidos de barateamento de cortes de terras plantio. Outro dado interessante é que todas as comunidades pesquisadas reclamam a construção de postos destinados ao recolhimento de embalagens de agrotóxicos. É também geral a reclamação por manutenção das estradas. A maioria quer, também, mais assistência da Emater - MG. A comunidade de Nobres pede tratamento de esgoto coletivo e Piúna reivindica instalação de torre de telefonia celular.
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