Pesquisa do DEE/UFV mostra recuo da inflação e alta da cesta básica em Viçosa
O custo da cesta básica no município de Viçosa, como vem também ocorrendo em todo o país, teve aumento de 3,17% em abril
De acordo com pesquisa do Departamento de Economia da UFV, o Índice de Preços ao Consumidor que mede a inflação em Viçosa (IPC-Viçosa) recuou de 2,01% em março para 0,40% em abril, seguindo a tendência nacional de queda do índice, que registrou inflação de 0,71% em abril, após o índice ter chegado a 1,32% em março. Já o custo da cesta básica no município de Viçosa, como vem também ocorrendo em todo o país, teve aumento de 3,17% em abril, após queda de 0,72% em março.
Dos sete grupos que compõem o IPC-Viçosa, cinco apresentaram elevação de preços, ficando a maior alta com o grupo Artigos de Residência (2,00%), graças ao aumento de preços ocorridos no subgrupo Mobiliário e Acessórios (3,06%) e no item Eletrônicos (3,51%). Destaque para os produtos Microcomputador Completo (10,48%) e Travesseiro (9,90%).
Mas o grupo Alimentação, ao responder por 0,1744 pontos percentuais do valor de 0,40% do IPC-Viçosa em abril, foi o responsável por 43,6% da alta de preços verificada no município. No grupo, merecem maiores considerações as elevações nos itens Óleos e Gorduras (5,12%) e Carnes Bovinas (2,96%).
Em relação ao custo da cesta básica, se em março o seu custo havia sido de R$ 285,35, no mês corrente, o valor verificado foi de R$ 294,41, representando elevação de 3,17% no período considerado. A mesma tendência de alta para os preços dos produtos básicos foi verificada no Brasil, uma vez que segundo a Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em 17 das 18 capitais para as quais a pesquisa é realizada, também houve elevação no custo da cesta básica.
Em Viçosa, os produtos que mais contribuíram para o aumento do valor da cesta básica em abril foram: tomate (11,55%), óleo de soja (9,11%), carne bovina de segunda (8,72%) e pão francês (8,14%).
Com essa alta percentual, o trabalhador viçosense que ganhou um salário-mínimo de R$788,00 em abril, gastou 37,36% de sua renda para adquirir os produtos que compõem a cesta básica de alimentação, sendo que em março, tal valor havia sido de 36,21% da renda. Dessa forma, em abril, após a aquisição da cesta básica, restou ao trabalhador R$493,59 para atender às demais despesas de moradia, saúde e higiene, serviços pessoais, vestuário e transporte. Em março o valor restante havia sido de R$502,65.
Em termos de horas trabalhadas, no mês de abril foram necessárias 82,19 horas para adquirir os produtos da cesta básica de alimentação enquanto em março, tal valor foi de 79,67 horas.
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