MP cobra ação de municípios sobre casos de fraudes na vacinação
Recomendação administrativa pede que sejam informadas as providências adotadas para evitar revacinação
Os recentes casos de pessoas que, de forma deliberada, voltam na fila da vacinação contra a Covid-19 para tomar mais doses que o necessário motivou a 1ª Promotoria de Justiça do Ministério Público de Minas Gerais a emitir uma recomendação administrativa para que municípios da comarca de Viçosa sigam atentos e tomem providências.
O documento, assinado pelo Promotor de Justiça, Luiz Claudio Fonseca Magalhães, é endereçado aos secretários de saúde de Viçosa, Cajuri, Canaã, Coimbra, Paula Cândido e São Miguel do Anta e cobra a adoção de medidas necessárias, na visão do MP, para evitar erros e duplicidade na imunização contra a Covid-19.
A principal recomendação é para que seja mais ágil a atualização do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), que agrega os dados de todas as pessoas que já receberam doses do imunizante e ajuda no cruzamento de informações para conferência de quem já tomou a vacina. Além disso, o MP pede ainda que sejam adotadas medidas para garantir a conferencia do cartão de vacina e dos sistemas de controle do Ministério da Saúde antes da aplicação das doses.
Ações de educação e conscientização da população também fazem parte do pedido. O Ministério Público pede para que sejam feitas ações de divulgação sobre os riscos da revacinação e cruzamento de doses de fabricantes diferentes das vacinas contra a Covid-19. As equipes que aplicam as doses e que atuam nos locais de vacinação devem ser orientadas sobre formas de proceder em caso de flagrante de tentativa de revacinação.
Os municípios tem 5 dias para prestar esclarecimentos à Promotoria de Justiça sobre as providências adotadas, sob risco de ajuizamento de Ação Civil Pública e responsabilizações legais e administrativas.
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