Iplam ainda analisa projeto de construção do Bahamas Mix

Iplam ainda analisa projeto de construção do Bahamas Mix

A instalação da nova loja da rede de supermercados Bahamas, em Viçosa, já é realidade. As obras de construção da estrutura que vai abrigar o Bahamas Mix, para vendas no atacado e varejo, se iniciarão assim que o projeto receber aprovação do Instituto de Planejamento Municipal (Iplam). Por enquanto, somente o processo de demolição da chaminé e de outras estruturas da antiga usina onde será construído o Mix foi autorizado, tendo o serviço, inclusive, já sido realizado.
A proposta da empresa é da comercialização de produtos em unidades e em caixas fechadas e a expectativa dos futuros clientes é a de que os preços das mercadorias sejam oferecidos abaixo dos praticados nos supermercados convencionais.
O Bahamas Mix de Viçosa está sendo construído na esquina da avenida São João Batista com a rua Francisco de Souza Fortes, no bairro Nova Era, próximo à igreja de São João Batista.
De acordo com a direção da empresa, serão investidos R$10 milhões na nova loja, que terá cerca de três mil metros quadrados de área de compra e 180 vagas de estacionamento e vai gerar 160 empregos diretos, sem contar com as contratações temporárias que a obra demandará até a sua conclusão.

Usina Santa Rita
O local escolhido para a instalação do Bahamas Mix abrigou durante muitos anos a Usina de Açúcar Santa Rita, no antigo Pau-de-Paina, que nunca funcionou.
De acordo com o chefe do Departamento Municipal de Cultura, José Mário Rangel, a estrutura foi edificada na década de 1940, pela firma de Jacob Lopes de Castro, mas ela não prosperou. Pelo contrário das que foram instaladas em Ponte Nova: a Usina Jatiboca (1920), as do Pontal e São José (1935) e a Santa Helena (1940).
A história conta que a assembleia de fundação da Sociedade da Usina Santa Rita ocorreu em 31 de janeiro de 1943, no Cine Theatro Odeon, na Praça Silviano Brandão, com as participações, entre vários associados, do advogado Felício Brandi, Almiro Torres (tabelião), Lucas Cardoso (fazendeiro), Egídio Silva Pontes (fazendeiro), padre Álvaro Corrêa Borges (pároco local), João Francisco da Silva (comerciante), Zico Soares (comerciante) e dos médicos Octávio da Silva Araújo e Raymundo Alves Torres.
Apesar de ter sido inaugurada, a usina nunca funcionou. O local já abrigou o abatedouro municipal e a garagem de veículos da Prefeitura.
Dela havia restado somente a chaminé que, imponente, resistiu ao tempo e era tida como um símbolo cultural da cidade. Mas, a sua importância não foi levada em conta e como não chegou a ser tombada pelo Patrimônio Histórico, foi derrubada.
De acordo com o Iplam, os técnicos do instituto estão analisando detalhamente o projeto, tendo em vista que o empreendimento será erguido em um terreno que faz divisas com a estrada de ferro da Central Atlântica, com a Rodovia que liga Viçosa a Porto Firme e com Área de Preservação Permanente (APP).
A liberação para que o início das obras aconteça não tem previsão de prazo.