Cidades da região implementam Programa de Convivência com as Cheias

Cidades da região implementam Programa de Convivência com as Cheias

Na manhã da terça-feira, 21, durante reunião do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Piranga (CBH-Piranga), foram entregues aos representantes dos municípios de Ponte Nova, Porto Firme, Piranga e Guaraciaba os materiais do Programa de Convivência com as Cheias (P31). Os materiais são uma coletânea de imagens digitais de satélite com alta resolução espacial e modelos digitais do terreno e curvas de nível de áreas urbanas.
O programa, desenvolvido com recursos da cobrança pelo uso da água, tem o objetivo de ajudar no monitoramento de enchentes, através de dados hidrométricos das estações fluviométricas e pluviométricas; registros da defesa civil; e acompanhamento da ocupação de áreas de risco por imagens de satélite. Na primeira etapa, 26 municípios da bacia do rio Doce foram contemplados, em um investimento superior a R$ 500 mil.
Além das imagens adquiridas serem importantes para os próximos passos do P31, elas podem oferecer outros usos para os municípios, como possibilitar o monitoramento das expansões urbanas, identificar ocupações em áreas susceptíveis a inundações e mapear ruas, permitindo auxiliar no planejamento urbano para a provisão de infraestrutura e regulamentação do uso do espaço.

O programa
O programa, que faz parte do Plano Integrado de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Doce, tem foco no alerta contra inundações e redução de perdas humanas e econômicas devido às cheias. Ele apresenta ações em dois eixos: o primeiro eixo engloba ações destinadas ao aprimoramento do atual sistema de alerta, incluindo todas as iniciativas que possam auxiliar na previsão e antecipação dos eventos críticos, tais como implantação de novos pontos de monitoramento, radares e delimitação das cotas de enchentes. O segundo eixo é voltado para medidas que visam o aumento da infiltração em áreas urbanas; desassoreamento de cursos d’água; desocupação e proibição de ocupação de áreas inundáveis; recomposição da cobertura vegetal e controle da erosão; e, por fim, a educação ambiental. Também serão analisadas as opções e a viabilidade das intervenções estruturais do controle de cheias, tais como barragens e diques de proteção.