Antigo chalé deverá virar museu em Teixeiras

Antigo chalé deverá virar museu em Teixeiras

Uma reunião entre o Executivo teixeirense e representantes do projeto Caminho do Campo, daquela cidade, poderá resultar na criação de um museu épico naquela cidade, tendo como sede o histórico imóvel conhecido como Chalé do Totó, cuja construção data da última década de 1800.
A ideia é transformar o museu Chalé numa das principais atrações turísticas de Teixeiras no roteiro estabelecido pelo projeto Caminho do Campo, que está sendo preparado por uma equipe multidisciplinar de profissionais da Universidade Federal de Viçosa, Senar-MG, Sebrae-MG, Emater-MG, Adevi e Circuito Turístico Serras de Minas, em parceria com a Prefeitura Municipal de Teixeiras.
Participaram da reunião, o prefeito de Teixeiras, Francisco Márcio Teixeira (Chiquinho), seus secretários de Governo Paulo Roberto Samartine e Maria de Lourdes Silva e Silva, o professor e historiador Antônio Brant, proprietário do Chalé; o chefe da Segurança Patrimonial da Cemig, Antônio Medina Filho, e o coordenador do Projeto Caminho do Campo, economista Jershon Morais. A pauta, além da avaliação do projeto, constou de discussão sobre a melhor forma para a transformação do chalé em museu.

A HISTÓRIA DO CHALÉ
Consta que D. Pedro II seguia de trem especial com sua comitiva e a família real para Ponte Nova, para inaugurar oficialmente o trecho regional da Leopoldina Railway. Era 1886. Ao parar na estação do Arraial de Santo Antônio dos Teixeiras, deparou-se com a construção majestosa desta mansão, que se diferenciava das casas ali existentes. Impressionado, não só mandou o fotógrafo da comitiva fotografar a imponente construção como chamara para conhecer, o proprietário da obra, o fidalgo português Francisco Penna. Registra-se que grande parte do material empregado na obra era importada da Europa e que, de lá, vieram também alguns artífices. A construção foi terminada em 1888/1889.
O Chalé do Coronel Totó, como ficou conhecido mais tarde, é referência histórica em Teixeiras. A fotografia foi passada para o Sr. Aquiles Penna, filho de Francisco Penna e genro do coronel Antônio de Pádua Bittencourt (Coronel Totó); e desse ao seu atual proprietário, Antônio Brant, neto do Coronel Totó, que traz o palacete até hoje muito bem conservado.
Mobiliário, quadros, armas, maquinários e objetos de uso doméstico originais e uma vasta biblioteca, fazem parte do acervo do Chalé.

O MUSEU CHALÉ
Ficou definido pelo proprietário do imóvel, com o aval do prefeito de Teixeiras, que a Asplan – Associação de produtores de hortaliças, frutas e plantas ornamentais de Teixeiras e região, assumirá a responsabilidade de encaminhar as propostas do projeto Chalé aos órgãos públicos responsáveis pela criação e implantação de museus para que o antigo imóvel seja o mais breve possível oficializado como tal e aberto ao público para visitas.
Segundo o presidente da Asplan, Jershon Morais, a mansão Chalé será a grande vedete do projeto de turismo que está sendo trabalhado para a cidade de Teixeiras. “Sem dúvida, todos ficarão deslumbrados após conhecer a mansão que encantou D. Pedro II quando por aqui passou. É a rica história de Teixeiras que será aberta ao público”, enfatizou.