Aglomeração de estudantes causa confusão na Avenida Santa Rita
A multidão de estudantes que tomou conta da Avenida Santa Rita na noite do último domingo, véspera do início das aulas da UFV, foi motivo de reclamação e grande chateação para a viçosense Rayane Ferreira. Ela contou ao jornal Folha da Mata que ela e o marido passaram pelo local de carro, pois não sabia que a rua estaria fechada, e foram xingados por alguns estudantes, que também deram socos e chutes no veículo. Rayane afirmou, ainda, que um deles acertou uma lata de bebida em sua cabeça. De acordo com o relato dela, cerca de oito estudantes tentaram agredir seu marido. A confusão só não foi ainda pior porque populares interferiram.
Para Rayane, falta mais respeito com os moradores da cidade. Ela também acredita que deveria haver uma discussão mais ampla sobre o uso do espaço público. “Aquele trecho da avenida já fica cheio de mesas e cadeiras normalmente, e transitar por aquele local a pé também é difícil. Um cadeirante ou mesmo uma senhora não podem passar por ali em dias movimentados, é perigoso”.
Rayane já levou o problema à Prefeitura e falou sobre o caso na reunião da Câmara Municipal.
Após o pronunciamento dela na Câmara, o vereador Luis Eduardo Figueiredo Salgado (Cebolinha) (PDT), líder do Executivo, foi informado que o evento não foi autorizado pela Prefeitura. “A avenida precisa ser de acesso livre. É preciso que as pessoas que causaram os problemas sejam notificadas e punidas. A cidadã que esteve aqui não fez manifestação aos donos dos bares, e sim a atitude das pessoas que estavam na rua”, explicou.
Adnilson Francis Lourenço, proprietário da Lanchonete do Dênis, afirmou que todos os anos, na véspera de início das aulas na UFV, acontece uma aglomeração de estudantes, como se fosse uma confraternização. Os donos dos bares não criam um evento, os estudantes simplesmente escolhem aquele local e combinam pelas redes sociais. Por ter experiência com essa tradição, ele tentou organizar um pouco mais a situação, ao contrário dos anos anteriores. Em um acordo com os proprietários dos bares Norte Mineiro e Esquina de Minas, eles resolveram alugar dez banheiros químicos, uma caçamba de lixo e fechar a rua para evitar que carros avancem em meio à multidão, que contava com aproximadamente 5000 pessoas.
À respeito do fechamento da rua, Dênis salienta que tentou ao máximo evitar problemas e fez tudo pensando no bem do cidadão. Ele diz que procurou o prefeito Ângelo Chequer e recebeu uma autorização verbal, mas não escrita, e uma recomendação para que ele procurasse a secretaria municipal de trânsito. “Fui à secretaria, mas não encontrei os responsáveis, e devido aos compromissos e trabalhos eu não pude ficar só por conta disso. Então no fim não houve uma autorização escrita, apenas falada. Como há mais opções para os carros passarem, como a Rua Gomes Barbosa, eu pensei que a situação seria viável. O trecho que foi fechado era pequeno, não tem garagens, era apenas a via ao redor dos bares”, argumentou.
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