ZMM nega crimes ambientais em atividade mineradora entre Teixeiras e Pedra do Anta
Parte dos trabalhos da mineradora foram interrompidos após notificação e multa da fiscalização ambiental estadual
A empresa Zona da Mata Mineração (ZMM) teve parte de suas atividades de exploração de magnetita embargada pela Semad (Secretaria de Estado de Meio Ambiente) após constatação de irregularidades. Após veiculação da notícia, a empresa emitiu uma nota de esclarecimento, negando a existência de crimes ambientais.
Em sua versão online, o Folha da Mata noticiou que a Prefeitura de Teixeiras confirmou o embargo parcial das atividades da ZMM, especificamente das cavas 3 e 4, em julho deste ano. O embargo foi motivado por supostos crimes ambientais, incluindo desmatamento ilegal de mata nativa, expansão da Área Diretamente Afetada (ADA) sem licenciamento e disposição de rejeitos em cava sem autorização.
Em nota, a empresa contestou as autuações feitas pela Semad, alegando discordância das alegações e afirmando que todas as questões estão sendo tratadas no âmbito administrativo. A ZMM destacou que o processo não envolve acusações criminais ou civis relacionadas a crimes ambientais. “Sempre mantivemos uma relação amistosa e de colaboração com todos os órgãos reguladores da atividade mineradora e, como prática comum, os agentes ambientais frequentemente realizam fiscalizações em empreendimentos com potencial impacto ambiental”, salienta a empresa.
A nota de esclarecimento da ZMM conclui ressaltando seu compromisso com o desenvolvimento socioambiental dos municípios de Teixeiras e Pedra do Anta, destacando sua missão de garantir um ambiente adequado para as atuais e futuras gerações.
As alegações e contrarrespostas em relação ao embargo parcial das atividades da ZMM em Teixeiras e Pedra do Anta continuam sendo discutidas entre as partes envolvidas, e a situação permanece sob análise da Supram-ZM (Superintendência de Meio Ambiente da Zona da Mata). A Prefeitura de Teixeiras, o Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM) e outras partes interessadas têm acompanhado de perto o desdobramento desse caso, que tem implicações significativas para a comunidade local.
A DENÚNCIA
Lideranças da comunidade São Pedro, atingida pelas operações da ZMM, junto com o MAM, foram os autores das denúncias que levaram o Ministério Público a demandar a atenção da fiscalização estadual para o caso.
“Nós do MAM junto das famílias atingidas da comunidade estamos a três anos denunciando esses e vários outros crimes ambientais e violações de direitos que a ZMM vem cometendo na região. É urgente que as autoridades de justiça se sensibilizem com o sofrimento das centenas de famílias de Teixeiras, Pedra do Anta, Viçosa, Piranga, Itaverava e Conselheiro Lafaiete impactadas dia e noite pelos enormes danos causados pela ação criminosa da ZMM em nossa região e cumpram seu papel de exigir da ZMM o cumprimento a lei”, ressalta a nota do movimento.
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