Vem Quem Quer homenageia Rua dos Passos
Pela 39ª vez na avenida, sem interrupção, o Bloco Carnavalesco Vem Quem Quer, mais uma vez, abre os festejos carnavalescos de Viçosa, nesta sexta-feira, dia 17 de fevereiro, com concentração às 19 horas, na esquina das ruas dos Passos e Afonso Pena. Às 20h30 começa o seu desfile, saindo da concentração pela Rua dos Passos, Rua Doutor Milton Bandeira, Travessa Tancredo Neves, Praça Silviano Brandão, Travessa João Carlos Belo Lisboa, Praça Maestro Hervé Cordovil, Rua Professor Sebastião Lopes de Carvalho, Praça Mário Del Giudice (antigo Moreira), Avenida Bueno Brandão, Avenida Santa Rita, Travessa Luiz Megale e Rua Gomes Barbosa (entre a Travessa Luiz Megale e Rua São José).
Neste ano, em que o bloco homenageia a Rua dos Passos, logradouro que deu início ao Município de Viçosa, quem preside a folia do Vem Quem Quer é Maria da Conceição de Souza, mais conhecida como Conceição da TV Viçosa.
História do Bloco Vem-Quem-Quer
O início do ano de 1979 não foi muito bom para Viçosa. As chuvas fizeram um estrago imenso, o que resultou na suspensão do carnaval de rua daquele ano. E era para ficar assim... mas, uma reunião uma semana antes, na casa do senhor Sebastião Salgado e de dona Dalva, no Bairro de Lourdes, mudou a história. Daquele local sairia, na sexta-feira, dia 03 de março, e dias seqüentes, o bloco Batuqueiros da Colina, com uma bateria afinada e um grupo animado, o que levou muitas pessoas à Praça Silviano Brandão. Ali surgiu o embrião do que seria o futuro Bloco Vem-Quem-Quer.
No ano seguinte, a história continuou, agora na Rua dos Passos, mais precisamente em frente à venda do Murrudo (esquina com a Rua Afonso Pena). Enquanto rolava um pagode com o Grupo Unidos por Acaso (UPA), os amigos Francisco Assis de Souza Castro (Jeremias), Cássio Eurico Sales Tibúrcio (Cassinho), Erli Júlio (Zulu), José Flávio Gamarano, Eugênio Antônio do Nascimento (Gena), José Maurício Lopes Pinto e Wagner Queiroga Ferreira decidiram pela fundação do bloco que tinha como principal meta manter a tradição das marchinhas que animavam os antigos carnavais. E tem mais: ficou a proposta de sair também com marchas próprias, compostas para cada desfile. Assim foi e é feito todos os anos.
Nem sempre a saída do bloco foi fácil, muitas vezes faltou apoio, o que nunca faltou foi entusiasmo. O bloco já desfilou com bateria, banda (Oswaldinho e Lira Antônio Chequer), trio elétrico e, acreditem, sem nenhum som acompanhando já que, numa ocasião, o motorista do carro de som esqueceu o gerador. Sem problemas. O carro ficou estacionado e a turma seguiu para a avenida.
A primeira música gravada foi “O Beijo – Melô do Mão Preta”, de autoria de Francisco de Castro – Jeremias (autor de todas as composições do bloco) e música do Maestro Expedito G. Castro. Depois foram chegando outras pessoas: Maestro Francisco Salgado, adaptando música às letras das Marchinhas e Izauro e Betinho gravando as músicas. Uma contribuição forte foi a chegada do saudoso Babá com o seu trio elétrico. Ali acabou o problema do som, até o seu falecimento. Em 2006, um novo parceiro, a Banda Eros - que já tivera participação muito especial na gravação da música “Antraz” – gravou “Cooper”.
Com o falecimento do Maestro Chico Salgado, o também maestro Rogério Moreira Campos, ex-regente da Universidade Federal de Viçosa, chegou para somar nas composições das marchinhas do Bloco.
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