UFV conclui segunda parte da usina fotovoltaica do campus Viçosa

A usina está instalada às margens da BR-120, próxima ao aeródromo de Viçosa

UFV conclui segunda parte da usina fotovoltaica do campus Viçosa

A segunda parte da usina fotovoltaica da Universidade Federal de Viçosa (UFV), no campus Viçosa, entrou em operação na última semana. Durante a ampliação foram instalados mais 564 painéis fotovoltaicos de 665 Wp cada, adicionando mais 375,06 kWp aos 385,56 kWp já instalados em agosto de 2021, totalizando 760,62 kWp, que fornecem uma potência de até 750 kW. A estimativa da Pró-Reitoria de Administração da UFV (PAD) é que sejam economizados diretamente R$400 mil anuais na fatura de energia da Universidade.

A usina permitirá também maior segurança energética e reduzirá os desligamentos que ocorrem por ultrapassagem de demanda contratada com a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Com isso, haverá menos interrupções nas atividades administrativas e de ensino e pesquisa e, consequentemente, menos prejuízos à rotina do trabalho.

Ainda segundo a PAD, a ampliação é um passo importante em direção à sustentabilidade e redução do impacto ambiental da instituição. Além de possibilitar benefícios econômicos e ambientais, ela servirá como um exemplo para outras universidades e instituições, incentivando a adoção de fontes de energia renovável e limpa.

A usina está instalada às margens da BR-120, próxima ao aeródromo de Viçosa, onde se encontrava a antiga usina de álcool da UFV. A obra será finalizada quando a terceira etapa for concluída e, até o momento, foram investidos cerca de R$ 4,4 milhões. Ao final do projeto, estima-se que a usina consiga suprir aproximadamente 22% de toda energia elétrica consumida anualmente, possibilitando a redução do custo energia elétrica em cerca de R$ 1.276.000. Vale lembrar que o Programa de Eficiência Energética da UFV conta também com as usinas de Rio Paranaíba e Florestal, que estão prontas há mais de um ano, mas aguardam autorização da Cemig para entrar em funcionamento.

Programa de Eficiência Energética da UFV

As usinas fotovoltaicas são apenas uma das ações previstas no Programa de Eficiência Energética da UFV, com o intuito de gerir de forma qualificada os recursos energéticos presentes em seus três campi. Especialmente, após 2016, têm sido realizadas ações com impactos significativos na redução do consumo e dos custos associados às contas de energia elétrica.

Além da instalação de usinas fotovoltaicas nos três campi, dentre as iniciativas estão: o reforço do banco de capacitores para correção do fator de potência, a instalação de grupo moto-geradores a diesel para controle de demanda, o retrofit de equipamentos elétricos e o monitoramento em tempo real da qualidade e do consumo de energia elétrica.

As ações têm surtido efeito. Com base nos números do campus Viçosa, por exemplo, que representa mais de 80% dos custos da instituição com energia elétrica, percebe-se que, apesar do crescimento da infraestrutura do campus e do aumento na utilização de equipamentos elétricos em prédios e laboratórios, a tendência de crescimento no consumo de energia foi contida a partir de 2017. O consumo global saiu de 18.547.651 kWh em 2017, para 17.346.457 kWh em 2019 e 14.644.466 kWh em 2022, isto é, uma redução aproximada de 6,5% e 21,0% respectivamente.

Essas reduções foram possíveis a partir das ações de eficiência energética desenvolvidas em parceria com a Cemig, como parte da Chamada Pública de Projetos de 2016 e 2017. O projeto desenvolvido contemplou a substituição de 8.836 lâmpadas tubulares fluorescentes por similares de LED nos edifícios da Biblioteca Central, nos pavilhões de aulas e no Colégio de Aplicação – CAP-Coluni, além da substituição da iluminação pública das vias do campus, sendo trocadas 854 luminárias públicas de vapor de sódio por LED, gerando uma economia total de cerca de R$ 363 mil.

Já a redução de consumo em 2022 é resultado, principalmente, do início de funcionamento da usina fotovoltaica do campus de Viçosa. Em 18 meses de operação, a usina gerou 663.621,01 kWh o que representa uma média anual de 442.414 kWh e economia de cerca de R$ 207 mil.

 


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