Tarifa do transporte coletivo urbano deverá subir

Cumprimento do acordo da empresa União com a PMV, feito no último reajuste (2015) pode influir no reajuste das tarifas

Tarifa do transporte coletivo urbano deverá subir

Está prevista para após o feriado de Carnaval uma reunião do Conselho Municipal de Transporte e Trânsito para avaliar o pedido de reajuste da tarifa do transporte coletivo em Viçosa.
O pedido de reajuste foi feito pela Viação União, empresa que explora o serviço, no final do ano passado, alegando a defasagem no preço atual devido a aumentos de combustível, correção salarial de empregados e outras despesas ocorridas no período, detalhadas pela empresa numa planilha anexada ao pedido de reajuste.
Na proposta de reajuste da tarifa, a concessionária solicita um aumento dos atuais R$ 2,25 para R$ 2,70 (20%). O pedido passará pela avaliação final do Conselho Municipal de Transporte e Trânsito, que deverá levar em conta dois índices elaborados e monitorados pelo Departamento e Economia da Universidade Federal de Viçosa (UFV): o Índice de Preços do Transporte Urbano (IPT), que reflete a inflação nos principais bens e serviços utilizados pela empresa responsável pelo transporte público municipal e o Índice de Preços do Transporte Urbano (ICT), que é calculado com base na evolução do custo por passageiro transportado. O pedido da empresa já foi avaliado pelos técnicos do Departamento de Economia que acenam pelo reajuste de aproximadamente 11,1%, o que levaria a tarifa das lotações para R$ 2,49, que seriam arredondados para R$ 2,50, vez que as moedas de R$ 0,01 (um centavo) estão praticamente fora de circulação no país.
De posse dos resultados dos estudos feitos na UFV, foi montando um processo pela Prefeitura, solicitando parecer da Diretoria Municipal de Trânsito (Diretran) e do Instituto de Planejamento Municipal (Iplam) a fim de verificar o cumprimento do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado pela empresa em 2015, quando ocorreu o último reajuste. Essas informações junto com o pedido da Viação União, com o estudo da UFV e mais os pareceres da Diretran, Controladoria Geral e Procuradoria do Município já foram enviadas ao Conselho Municipal de Trânsito para apreciação e deliberação. Segundo o presidente do Conselho, Ronaldo Sant’anna, os conselheiros já foram convocados para a reunião, que é aberta à comunidade, marcada para o dia 2 de março, às 14h30, na sede do Instituto de Previdência Municipal (Iprevi), para se deliberar sobre o assunto.
A decisão do Conselho deverá ser ratificada pelo prefeito Ângelo Chequer.

Acordo de 2015 no aval da CMTT
Em 2015, o aumento concedido pelo Município, com base nas mesmas justificativas apresentadas pela empresa e referendas pela pesquisa do DEE/UFV, foi de 12,5%, indo a tarifa de R$ 2 para R$ 2,25, valor que prevalece até agora. O reajuste, autorizado pela Comissão Municipal de Transporte e Trânsito (CMTT) em 26 de maio, foi sancionado pelo prefeito Ângelo Chequer (PSDB) em 18 do mês de junho, após negociar com a concessionária do transporte coletivo urbano, a Viação União, uma lista de reivindicações em prol de melhorias na prestação do transporte coletivo urbano local. Feito o acordo, o novo preço das taifas entrou em vigor no dia 24 de junho.
Pelo Termo de Acordo, a Viação União se comprometeu a atender as exigências apresentadas, entre outras, construir, ao longo de 2015-2016, novos 20 pontos de embarque de passageiros na zona urbana, nos moldes técnicos propostos pelo planejamento urbano (Iplam); restaurar os pontos já existes; apresentar proposta de expansão de linhas de coletivos; instalar conexões de internet WiFi nos ônibus-lotações na prazo de 1 ano a partir da data do acordo.
De acordo com informações de ontem passadas por um assessor da Diretoria de Comunicação de Imprensa da PMV, o atendimento desse acordo irá pesar na decisão da CMTT quanto ao pedido de reajuste feito pela União, principalmente a principal delas: a construção e melhoria de pontos de ônibus pontos. A informação do jornalista da DireCom/PMV é que foi feita uma varredura por toda a cidade para apurar se houve o cumprimento do acordo por parte da empresa concessionária e esse relatório será avaliado pelo Iplam e pela CMT para dar seu aval ao aumento da tarifa solicitado.