Projeto de lei que pedia redução salarial de vereadores e prefeito é rejeitado em Ervália
Foi rejeitado por unanimidade o Projeto de Lei (PL) de iniciativa popular que pedia a redução dos salários dos vereadores de Ervália. A votação, que aconteceu na Câmara Municipal, na última sexta-feira, 10, é resultado de uma campanha do "Movimento Ervalense Presente", que conseguiu 1.200 assinaturas e protocolou a proposta, que também determinava a diminuição dos vencimentos do prefeito e do vice-prefeito.
Se o projeto tivesse sido aprovado, o salário dos vereadores passaria de R$ 6.238,12 para R$ 2.134, R$ 1 a menos do que o vencimento dos professores em jornada de 40 horas semanais. “É um valor pelo simbolismo, já que R$ 2.135 é o teto nacional de um professor em 40 horas”, explicou Marcos Kamilo Castro, um dos integrantes do Movimento Ervalense Presente. O salário do prefeito, que atualmente gira em torno de R$16 mil, seria reduzido para R$12 mil e o vice-prefeito, que hoje ganha R$8 mil, passaria a receber R$4 mil. Essa redução, de acordo com os responsáveis pelo movimento, garantiria uma economia mensal de mais de R$ 70 mil, R$ 900 mil por ano e quase R$ 4 milhões em quatro anos.
De acordo com o presidente da Câmara dos Vereadores de Ervália, Elder Matos, alguns vereadores vão apresentar um novo Projeto de Lei, que reduz o salário para um valor entre R$ 3.500 e R$ 4.000. “Os vereadores vão fazer um projeto de redução, mas não nesse valor que foi proposto a princípio. Eles recusaram, mas vão apresentar outro”, disse.
Viçosa
Em Viçosa, também há um projeto de lei de iniciativa popular pedindo a redução salarial de vereadores, prefeito e vice. No documento, disponível na internet para assinatura dos interessados, os organizadores argumentam que “se for considerado o subsídio de R$6.000,00/mês e o tempo efetivamente trabalhado por um vereador, de duas horas por reunião, em quatro reuniões mensais (oito horas/mês), chega-se a conclusão de que os Edis recebem muito mais do que o Prefeito; ainda mais quando somado a outros salários justos, obtidos em atividades normais fora da função da vereança. Ou seja, é muito alto o que se paga a um vereador, em todas as cidades brasileiras. Mais grave ainda é o subsídio pago ao vice-prefeito, que não atua na Administração Municipal e recebe sem prestar serviço”, escreveram.
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