Polícia flagra extração ilegal de granito em Pedra do Anta e Jequeri

Empresa atuava sem licença dos órgãos competentes; uma pessoa foi presa e uma multa de quase um milhão foi emitida em desfavor da empresa

Polícia flagra extração ilegal de granito em Pedra do Anta e Jequeri

Uma operação conjunta para atender três denúncias anônimas sobre extração ilegal de granito foi realizada na últiam segunda-feira, 13, na divisa entre as cidadde de Pedra do Anta e Jequeri, na Zona da Mata. A ação foi realizada por policiais militares de grupamentos de Meio Ambiente e policiais civis de Viçosa e Ponte Nova.

A operação tinha como alvo a empresa Romagran Granitos Ltda., que em 2018 foi autuada e, posteriormente, funcionou amparada por termo de ajustamento de conduta (TAC) até 2020, mas foi autuada novamente em 2021 e em 2022 pela Polícia de Meio Ambiente por operar fora do TAC, quando foi determinada a suspensão das atividades em todas as ocasiões até a devida regularização.

No entanto, segundo a polícia, durante a operação da última segunda-feira, foi constatado que a empresa continuava a operar ilegalmente. Os militares flagraram maquinário instalado nas rochas, geradores de energia, além de veículos envolvidos na atividade ilegal. Além da extração ilegal, foi detectado intervenções em uma nascente, área considerada de preservação permanente (APP).

Na Fazenda Pedra Preta, em Jequeri, foi encontrada uma máquina escavadeira em operação, juntamente com vários materiais de extração. Em uma empilhadeira responsável por carregar os blocos de granito nos caminhões para serem transportados, foram encontrados livros de registro de movimentação de vendas de blocos de granito, indicando que a exploração ilegal continuou mesmo após o término do acordo firmado com a empresa. Segundo a polícia, o principal destino das pedras era o município de Cachoeiro de Itapemirim (ES). 

Já na localidade do Sítio Morro Vermelho, zona rural de Pedra do Anta, foi constatado que 53 blocos de granito apreendidos em maio de 2022, em virtude de lavratura de auto de infração, não foram encontrados. Segundo a polícia, essa constatação sugere que a empresa nomeada como depositária fiel desses blocos os comercializou, obtendo lucros com material proveniente de crime ambiental.

Ainda na mesma localidade, durante a fiscalização, foi identificada outra frente de lavra clandestina, onde a extração de granito ocorria sem nenhum documento autorizativo que ampare a intervenção ambiental.

Durante uma fiscalização, cerca de 10 funcionários que estavam trabalhando na atividade de extração de minério fugiram do local. O gerente da empresa foi preso em flagrante e pode responder por crimes tipificados na Lei de Crimes Ambientais, no Estatuto do Desarmamento e na Usurpação de Bem da União.

Segundo a polícia, seis infrações ambientais distintas foram cometidas, gerando um auto de infração que totalizou uma multa de R$ 987.232,40.

Foram apreendidos sete tratores, três caminhões e duas caminhonetes, além de dois geradores de energia, quatro máquinas de fio diamantado, duas máquinas perfuratrizes e motores. O valor dos materiais apreendidos foi estimado em R$ 4,7 milhões.

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Imagens cedidas pela Polícia Militar do Meio Ambiente

 


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