Jovem gestante morre em Viçosa vítima da Covid-19
Grávida de sete meses, Kely Rodrigues era jovem ativa, profissional de educação física e não possuía comorbidades.
A população de Viçosa acordou, na manhã desta sexta-feira, 25, consternada com a notícia da morte da Kely Rodrigues, 30 anos, diagnosticada com Covid-19. Grávida de sete meses, Kely era jovem ativa, profissional de educação física e não possuía comorbidades.
Kely estava internada no Hospital São Sebastião (HSS) há cerca de duas semanas, onde foi diagnosticada com pneumonia causada pela Covid-19. Segundo relatos de amigos, nesta semana, a gestante precisou de suporte respiratório, foi intubada e respirava por aparelhos. A morte da jovem e da criança foi confirmada no início da madrugada desta sexta-feira, 26. O enterro aconteceu, sem velório, no cemitério Colina da Saudade, em Viçosa, com a presença de familiares e amigos.
O Folha da Mata entrou em contato com o HSS para saber como foi o atendimento e o suporte prestado à vítima. A diretoria da instituição informou que está preparando uma nota com os dados e enviará ao jornal ainda hoje.
A viçosense era educadora física, graduada pela UFV, muito conhecida e querida por amigos. Nas redes sociais, diversas homenagens foram publicadas. Ela trabalhava como personal trainer, atuou em diversas academias da cidade, como Bioforma, Start, Campus Fit e, recentemente, atendia na academia Quintas do Sol, dando aula de funcional.
Uma das amigas e também proprietária da academia Quintas do Sol, Érica Santana, conversou com a reportagem e falou sobre a boa saúde de Kelly: "era uma excelente pessoa, super jovem, não tinha nenhum problema de saúde e praticava atividade física", disse.
A amiga relatou que Kely começou a se sentir mal no último dia 10, com febre e dor de garganta, se ausentou do trabalho por três dias e depois fez teste na central Covid da Prefeitura, cujo resultado teria dado negativo. No local, Kely teria recebido orientação de que poderia se tratar de um falso-negativo.
Na segunda-feira, dia 15, Kely chegou a ir ao trabalho, atendeu uma cliente e, à tarde, informou à chefe, por mensagem, que estava sendo internada com suspeita de pneumonia, diagnóstico que foi confirmado por meio de uma tomografia.
Sobre o atendimento feito por Kelly na academia no mesmo dia da internação, Érica disse que os protocolos sanitários evitaram o contágio: "o uso da máscara e álcool foi importante, nós seguimos um protocolo lá na academia, todo mundo que entra tem a temperatura aferida, anotada, passa álcool, e cada aluno tem um próprio material pra limpar os aparelhos, com desinfetante hospitalar. Ela atendeu minha sogra, de 74 anos, e, graças a Deus e aos protocolos, minha sogra não pegou a doença", relatou.
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