Falta de remédio gera reclamação na Câmara
Na reunião da semana passada, na Câmara Municipal, José Adélio Evangelho usou a tribuna para reclamar da falta de medicamentos nas farmácias da Prefeitura. Adélio disse também que desde janeiro busca por um atendimento oftalmológico, mas nunca encontra vaga disponível e reclamou da marcação de uma cirurgia que também nunca sai.
Vários vereadores se pronunciaram a respeito do assunto. Antônio Elias Cardoso – Tuim - (PTB), presidente da Comissão de Saúde, disse que pouca coisa vem sendo feita para melhorar essa situação da falta de medicamentos que já vem de muitos anos. Nem mesmo as cobranças dos vereadores e as queixas da população têm sensibilizado o Poder Público na solução do problema. Antônio Elias denunciou que apesar de tentar o diálogo com o Executivo pouca coisa prática tem sido conseguida.
Tuim acrescentou afirmando que os cargos são ocupados figurativamente, pois, nada é decidido sem a última palavra de Luciano Piovesan.
Para tentar minimizar o problema da falta de medicamentos e da má prestação de serviço no setor de Tratamento Fora do Domicílio (TFD), de acordo com Antônio Elias, foram feitos convites aos chefes do Departamento do TFD e da Garagem Municipal, e ao secretário de Saúde para que eles comparecessem à Câmara para dar explicações sobre a superlotação nas ambulâncias que levam passageiros para Muriaé, Belo Horizonte e outras cidades; sobre a situação dos pacientes que, às vezes, voltam para a cidade de carona; sobre o problema da falta de vagas na marcação de consultas e sobre os gabinetes dentários do Centro Odontológico que estão sem funcionar. Mas, segundo Tuim, nenhum deles se interessou em dar satisfação à comunidade, através da Câmara, sobre os problemas apresentados.
Queixando-se da falta de diálogo, o vereador Antônio Elias ameaçou deixar a Comissão de Saúde da Câmara, a qual preside, caso não consiga abertura de conversação com os órgãos ligados à Secretaria de Saúde do Município.
Sobre a falta de medicamentos reclamada por José Adélio, o vice-presidente da Câmara, Helder Evangelista – Cherinho - (PTC), disse, na reunião desta terça-feira, 8, que esteve na Secretaria de Saúde para apurar os fatos. De acordo com correspondência assinada pelo secretário, Marcos Antônio Amarante, dois medicamentos dos três determinados pela justiça para o atendimento ao paciente já foram entregues e o terceiro já está à disposição do interessado desde a tarde da última segunda-feira, 7.
O secretário ressaltou que os medicamentos são de alto custo e que não constam da Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (Remune), mas que o Município acionará o estado para garantir o seu fornecimento.
Na reunião da semana passada esse assunto causou um bate-boca entre o vereador Helder Cherinho e o cidadão José Adélio, que do plenário da Câmara provocou o vereador porque ele tentou explicar sobre a situação da falta de medicamentos nas farmácias do município.
Prefeitura - Sobre as constantes reclamações de falta de medicamentos de alto custo na cidade -distribuição de responsabilidade do Governo de Minas – o superintendente Municipal de Gestão Pública e Governança, Luciano Piovesan, enviou memorando cobrando esclarecimentos da Ouvidoria Geral do Governo de Minas.
Segundo Luciano, a lista dos medicamentos faltantes e que deve ser reposta pelo governo estadual é a seguinte: Alfacalcidol 1mcg; Amantadina; Atorvastatina de 10, 20 e 80mg; Bromocriptina; Ciprofibrato; Clobetasol Solução; Danazol 100mg; Desmopressina; Fenofibrato; Filgrastim; Fludrocortisona; Formoterol + Budesonida, 12/400 cápsula; Formoterol 12mcg; Gabapentina de 300 e 400mg; Genfibrozila; Hidroxicloroquina; Insulina Glargina Refil; Insulina Glargina Frasco; Isotretinoína 10mg; Lamotrigina de 50 e 100mg; Mesalazina de 250, 800 e 1000mg; Penicilamina; Piridostigmina; Pravastatina; Risendronato; Risperidona 1mg; Topiramato de 50 e 100mg e Vigabatrina.
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