Construção de ambulatório aguarda entrega de terreno
O projeto da Unidade de Atendimento da Universidade Federal de Viçosa (UFV) (ambulatório), que já está pronto, entrou em processo licitatório em abril do ano passado para que fossem iniciadas as obras, mas nada ainda foi feito. O início da construção estava previsto para o segundo semestre de 2014, com previsão de conclusão para 2015.
O jornal Folha da Mata entrou em contato com a assessoria de comunicação da UFV para esclarecer o porquê das obras ainda não terem sido iniciadas, e segundo a pró-reitora de Administração, Leiza Granzinolli, “A UFV já licitou a construção do ambulatório, já finalizou o contrato e só está aguardando a Prefeitura transferir uma oficina, que funciona no local onde será construído o ambulatório, para que se iniciem as obras”.
De acordo com a assessoria de comunicação da Prefeitura Municipal de Viçosa (PMV), a construtora já demoliu a construção que havia no local, cercou-o e está finalizando a limpeza da área para que sejam iniciadas as obras o quanto antes.
Em abril de 2014 o convênio para a construção da Unidade de Atendimento em Viçosa foi assinado na sede do Ministério da Educação (MEC), em Brasília, pela reitora da Universidade Federal de Viçosa, Nilda de Fátima Ferreira Soares, pelo secretário executivo do Ministério da Educação (MEC), Luiz Cláudio Costa, e pelo então secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães.
A nova Unidade tem como intuito abrigar as atividades de ensino e assistência em nível ambulatorial, sob a coordenação do Departamento de Medicina e Enfermagem (Dem), para atendimento da população usuária do SUS da cidade e microrregião. O edifício vai ser construído próximo à região do Colégio de Viçosa, em área doada pela Prefeitura Municipal de Viçosa, com cinco andares compondo a área administrativa e consultórios de atendimento em diferentes especialidades, em um total de mil e duzentos metros quadrados.
De acordo com a reitora, a assinatura desse convênio contribuiria para o fortalecimento e ampliação da rede de saúde de Viçosa e microrregião, e os ambulatórios que serão construídos darão oportunidade aos estudantes dos cursos de Medicina, Enfermagem, Nutrição e Educação Física de exercerem atividades de ensino, pesquisa e extensão. Ela também destacou que “o mais importante é que os usuários do SUS serão beneficiados”.
O chefe do Departamento de Enfermagem e Medicina (Dem), professor Bruno David Henriques, forneceu mais detalhes sobre o surgimento da ideia do projeto. De acordo com Bruno, a Universidade Federal de Viçosa não possui serviços próprios de saúde destinados à articulação do ensino e do cuidado. Todas as aulas práticas são desenvolvidas em serviços conveniados com a Instituição, que vem sendo importantes parceiros para formação do estudante da UFV. “Dentro da articulação com a rede de saúde, algumas questões foram levantadas e avaliadas, e se tornaram necessárias para manutenção das atividades, com destaque para um espaço com uma área física planejada e organizada para a articulação ensino-serviço em nível secundário, ou seja, o atendimento ambulatorial”, explicou Bruno. O professor destaca, ainda, que “as atividades em nível primário são desenvolvidas nas Unidades de Saúde da Família e no nível terciário acontecem nos hospitais. Portanto, a lacuna para o atendimento especializado existe e o serviço do ambulatório universitário viria para fortalecer as atividades existentes, que atendam Viçosa e Região”.
Quando questionado a respeito das melhorias que o ambulatório poderia trazer ao setor de saúde de Viçosa, o professor afirmou não ter dúvidas da contribuição do serviço no cuidado à população. Segundo Bruno, a Unidade será vinculada ao Sus e as atividades serão conduzidas e organizadas por docentes e estudantes da Universidade. “Portanto, a iniciativa tem um caráter inovador na cidade, pois, articula a saúde com a educação, desenvolvendo ações de assistência e, ao mesmo tempo, formando recursos humanos para o Sus”, avaliou. Bruno também afirmou que, com relação à questão dos atendimentos, ainda precisam ser definidos os fluxos e o sistema de referência e contra referência precisam ser organizados. Também será construído um espaço que venha a compor a rede existente, atuando no nível de atenção a que foi planejado.
Bruno também explica que as consultas realizadas pelo ambulatório serão em especialidades. “Não teremos leitos de observação ou internação. Essa articulação será realizada diretamente com os Hospitais São Sebastião e Hospital São João Batista ou com outro serviço que compõem a rede de saúde”, disse ele.
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