Bloquetes da Bueno Brandão não foram aprovados
Depois de já ter concluído quase 1/3 do serviço, a empreiteira terá que retirar todo o calçamento assentado e trocar os bloquetes
O jornal Folha da Mata ainda não encontrou uma resposta para a grande discrepância da qualidade dos serviços prestados por empreiteiras para o Município de Viçosa e para a UFV.
Naquela instituição de ensino Federal, o que se encontra são revestimentos de vias bem feitos, com meios-fios alinhados, faixas de pedestres bem construídas, sem falar na construção dos edifícios.
Do outro lado das Quatro Pilastras não é de hoje que o município de Viçosa vem sofrendo com a falta de qualidade dos serviços prestados pelas empreiteiras que vencem as licitações de obras públicas e exemplos de obras mal feitas não faltam. Basta dar uma circulada pelas avenidas Jacob Lopes de Castro e Joaquim Lopes de Faria, que tiveram o asfalto refeito há alguns meses e já são vistos remendos e buracos para todos os lados. O recapeamento da avenida Nova P. H. Rolfs é outro exemplo. O mesmo acontece em outros pontos da cidade, como nos bairros de Fátima e Nova Viçosa.
Agora a Prefeitura de Viçosa resolveu testar, nos laboratórios da UFV (Universidade Federal de Viçosa), a qualidade dos bloquetes que estão sendo instalados na avenida Bueno Brandão o resultado reprovou a qualidade do material já assentado na via.
Segundo a Prefeitura, os bloquetes não são adequados para suportar o fluxo de veículos projetado para a via, onde trafegam ônibus e caminhões. Por meio de nota, a Secretaria de Obras informou que notificou a empresa Sales Construções e Empreendimentos Eireli, contratada para realizaro a revitalização do calçamento da via, e que a mesma já está providenciando a troca dos bloquetes em desconformidade. A Prefeitura não informou a quantidade de bloquetes a serem substituídos, nem uma estimativa para a entrega da obra, cujo prazo de conclusão já está vencido desde o início de abril.
No final de março, o Folha da Mata noticiou que a empresa fabricaria parte dos bloquetes a serem utilizados na obra. À época, a Secretaria de Obras disse que os materiais, fabricados ou adquiridos pela empresa, passariam por análise laboratorial. Assim foi feito, mas somente depois que a empreiteira já havia aplicado o novo calçamento em mais de 1/3 da via. Na nota enviada nesta semana, a Prefeitura afirma que solicitou a suspensão dos serviços assim que o problema foi identificado e que a retomada só foi autorizada após aquisição de novo lote de bloquetes. A nota informa ainda que novas amostras da carga entregue nesta semana foram enviadas para testes.
A obra foi iniciada na primeira semana de fevereiro e o novo calçamento ainda não alcançou nem metade da avenida, que possui 450 metros de extensão. Apesar de todos os atrasos, a Secretaria de Obras afirma que a revitalização “segue seu curso normal” e insiste em informar que a substituição do material inadequado não afetará a continuidade da obra no restante da avenida. O fluxo de veículos continua sendo desviado para a rua Benedito Valadares – parte baixa da Bueno Brandão – que foi transformada em via de mão dupla. O acesso à rua Floriano Peixoto a partir da praça Emílio Jardim está liberado.
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