Audiência pública na Câmara de Viçosa debate greve na UFV

A audiência foi solicitada pela vereadora Jamille Gomes (PT)

Audiência pública na Câmara de Viçosa debate greve na UFV

A Câmara Municipal de Viçosa promoverá uma audiência pública nesta terça-feira (04) para discutir a greve na Universidade Federal de Viçosa (UFV) e seus impactos na comunidade. A reunião terá início às 18 horas no plenário e será transmitida ao vivo pelas redes sociais da Câmara. 

O Comando Local de Greve/Categoria Docente (CLG/DC) confirmou presença na audiência e convidou a categoria para participar da reunião. “A oportunidade será um espaço para explicar as reivindicações do movimento grevista e mostrar como elas têm relação com toda a comunidade viçosense”, informou.

Greve na UFV 

Os professores da UFV deflagraram a greve no dia 15 de abril. A decisão foi tomada em assembleia realizada pela Aspuv (Seção Sindical dos Docentes da UFV) no dia 8 do mesmo mês. Na votação para deflagração da greve, 252 votaram a favor e 120 votaram contra.

O histórico que levou a essa convocação é marcado pela recusa do governo federal em avançar nas negociações com os servidores, persistindo na proposta de reajuste zero para 2024. O 42°  Congresso do ANDES-SN, diante dessa situação, aprovou a construção de uma greve no primeiro semestre de 2024, com a perspectiva de uma greve unificada no funcionalismo público federal no mesmo ano.

A Aspuv seguiu essa orientação, realizando sua assembleia no dia 14 de março e aprovando o indicativo de greve para a primeira quinzena de abril. Em uma reunião do Setor das Instituições Federais de Ensino (IFES) do ANDES-SN, realizada em 22 de março, os representantes sindicais analisaram os encaminhamentos das assembleias de base e decidiram pela realização de uma nova rodada de assembleias, com a pauta da greve marcada para o dia 15 de abril.

Entre essas reivindicações estão a recomposição salarial, a retirada da reforma administrativa em tramitação como PEC 32, a reestruturação da carreira docente federal, a recomposição do orçamento das instituições federais de ensino, a revogação de medidas que impactam diretamente os direitos dos servidores e a qualidade dos serviços públicos, a oposição às terceirizações e a recomposição do quadro de servidores das universidades, além da revogação total do Novo Ensino Médio.