AMMP manifesta apoio a promotor em ação contra Ângelo Chequer
A Associação Mineira do Ministério Público (AMMP), que congrega os promotores e procuradores de Justiça do Estado de Minas Gerais, divulgou nota, no dia 11 de janeiro, manifestando apoio ao trabalho desenvolvido pelo promotor de Justiça, Bruno Oliveira Muller, que atua na Comarca de Viçosa.
O promotor entrou com ação, em dezembro, denunciando suposto “abuso de poder econômico e político” cometido pelo prefeito Ângelo Chequer no período que antecedeu à campanha política de 2016. Ângelo rebateu as denúncias do promotor.
No documento a AMMP afirma que o promotor sempre se pautou exclusivamente pela estrita observância das leis e da Constituição do país, com destacada atuação na proteção do patrimônio público.
Segundo a nota assinada pelo presidente da AMMP, José Silvério Perdigão de Oliveira, “em tempos de degradação moral que grassa em todas as partes do país, Bruno Oliveira Müller tem atuado com extremo zelo e dedicação no combate às mazelas sociais, sempre de forma imparcial e sem partidarismo”. José Silvério disse também que “nesse sentido, a Associação Mineira do Ministério Público repudia veementemente os ataques ao Bruno Oliveira Müller, em especial quando decorrem do exercício de suas funções e ainda mais oriundos de homens públicos, dos quais se espera discernimento”. Na nota o presidente da AMMP não cita nomes dos envolvidos na ação, mas reitera a firmeza e a seriedade na atuação profissional dos promotores de Justiça em exercício na Comarca de Viçosa.
Relembre o caso
No dia 14 de dezembro passado o Ministério Público Eleitoral protocolou uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), denunciando suposto “abuso de poder econômico e político” cometido pelo prefeito Ângelo Chequer no período que antecedeu à campanha política de 2016.
À ocasião, o promotor público Bruno Oliveira Muller denunciou que os abusos político e econômico cometidos por Ângelo Chequer teriam proporcionado vantagens a seu favor nas eleições e que ele (o promotor) queria “garantir a normalidade e a legitimidade das eleições, afastando a influência do império do poder econômico e político, garantindo-se, assim, a sobrevivência do Estado Democrático de Direito”.
Doutor Bruno requereu uma investigação judicial eleitoral para o caso e pediu a aplicação da sanção de inelegibilidade para os próximos oito anos e a cassação do registro ou do diploma da candidatura de Ângelo Chequer.
O prefeito
Assim que tomou conhecimento, de forma oficial, do ingresso da ação na justiça pelo promotor, o prefeito Ângelo Chequer usou a sua rede social para gravar um vídeo se defendendo das acusações.
Ângelo disse que o promotor, desde que chegou a Viçosa, tem perseguido as pessoas que estão ao seu redor e que esse seu comportamento é, no mínimo, suspeito.
Ângelo afirma, no vídeo que “o processo é cabuloso” e assustador. não procedem as denúncias de abuso de poder quando das inaugurações de parte das obras do Colégio de Viçosa e das Farmácias de Minas e que não são verdadeiras as afirmações de que ele tenha levado vantagem quando colocou em execução o projeto Construindo a Liberdade, aproveitando a mão de obra de presos do presídio de Viçosa. Ângelo se defendeu também, em seu vídeo, da acusação de ter se beneficiado do lançamento do projeto “Prefeitura Itinerante”, também citado na ação, e de ter feito obras eleitoreiras em Nova Viçosa, bairro com grande número de eleitores.
Ângelo Chequer finaliza o seu vídeo dizendo que é muito suspeita a forma como o promotor Bruno Muller atua na cidade. Ele diz que tem muito respeito pelo Ministério Público, “porém nós temos um promotor que faz política partidária em nossa cidade. Todas as denúncias que foram feitas aos nossos opositores, e que pouco se movimentou agora, tudo que houve de denúncia contra a nossa pessoa, contra o meu grupo político, ele foi adiante buscando fiscalização”. O prefeito disse estar tranquilo e que provará na justiça a sua inocência porque o documento do promotor é tendencioso, com o único intuito de macular a sua imagem.
Sobre o conteúdo da nota da AMMP, por estar com a agenda cheia nesse início de ano - informação obtida em seu gabinete - o promotor de justiça, Bruno Muller, não foi encontrado para se pronunciar a respeito.
Através de sua assessoria, o prefeito Ângelo Chequer disse que não comentaria a posição da Associação, mas ressaltou que respeita e admira o trabalho do Ministério Público e que por isso não entraria em confronto com o órgão. O prefeito manteve a sua opinião sobre o processo em questão e afirmou que vai fazer a sua defesa na justiça.
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