2017 de superação e resistência para a dança
Este foi mais um ano de intensas atividades da arte e cultura de Viçosa. Assim como em todo o país o cenário não foi dos mais favoráveis e exigiu ainda mais união, dedicação, e principalmente, superação de desafios para seguir nesse ofício. As Cias de dança profissionais de Viçosa realizaram dezenas de apresentações conquistando grande público.
Apesar das dificuldades os Grupos Êxtase e Impacto estrearam novos espetáculos e tiveram grande público. Com “Arreda” a Cia. Êxtase comemorou seus 10 anos de profissionalização, trazendo no trabalho a busca pela visibilidade do artista do interior de Minas Gerais. Além disso, fomentou a formação de novos profissionais com o Êxtase Experimental que remontou os espetáculos Cachorro Perdido e 7 Flores, grandes sucessos da trajetória da Cia. profissional.
O Grupo Impacto, que esteve em São Paulo pela primeira vez este ano, e também em Belo Horizonte à convite do SESC Palladium, mostrando a força e consistência do Grupo no cenário do hip-hop nacional, estreou em julho o seu trabalho inspirado em elementos que formam a identidade do povo brasileiro: “Baobás”.
Também em 2017 bailarinos do Projeto Voar – Instituto Asas e do Centro Experimental de Artes da PMV estiveram mais uma vez no FIH2 e foram classificados entre os 10 melhores grupos da competição que reúne bailarinos de diversas cidades do Brasil e da Argentina.
Para a diretora geral do Núcleo de Arte e Dança, Patrícia Lima, “foi um ano desafiador em que superamos muitos obstáculos, com uma união maior. Foi um ano em que a arte e a cultura foram renegadas no Brasil, então estarmos fazendo arte e cultura é uma vitória. É uma vitória de todos termos sobrevivido fazendo o que a gente gosta”.
O Núcleo de Arte e Dança realizou o Diversidade em Dança, no mês de julho, e encerrou as atividades do ano com o seu já tradicional Festival que chegou a 37ª edição com o espetáculo “O Maravilhoso Mundo dos Contos” que deixou à Viçosa a mensagem de que é possível sonhar e acreditar no sonho. O trabalho com diversos grupos de diferentes faixas etárias desde crianças até profissionais também fortalece o desejo de continuar trabalhando.
“Temos o papel de formação por meio da arte. A criança sempre tem isso de sonhar, de formar o gosto pela arte e os profissionais precisam aprender a lutar e a seguir neste caminho que vale a pena, às vezes não financeiramente, mas para a vida”, afirma Patrícia.
Todas essas ações culturais alcançaram, em 2017, um público de mais de 10 mil pessoas. Para 2018, Patrícia Lima reforça que a esperança, que sempre move a todos os artistas, permanecerá. “Vamos continuar lutando porque sabemos do poder da arte na vida das pessoas. E não podemos deixar, nesse momento tão difícil, de fazer nosso papel de artista, que é fazer as pessoas refletirem sobre tudo que está acontecendo e propor ações que nos façam sair deste lugar de dificuldades para um lugar mais digno”.
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