Viçosa não registra casos de microcefalia

Viçosa não registra casos de microcefalia

O Ministério da Saúde declarou estado de emergência em saúde pública no país por causa do aumento de casos de microcefalia no país. Em Viçosa, uma norma obriga os hospitais a encaminharem à Secretaria de Saúde uma declaração de recém-nascidos vivos que contém informações sobre peso, sexo, altura e anomalias, e até o momento não se detectou a informação compulsória a ocorrência de microcefalia na cidade. A enfermeira responsável pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital São Sebastião disse que a cidade nunca teve ocorrência da doença.

Uma das possíveis causas da microcefalia seria o surto do zika vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypt, o mesmo que transmite a dengue e a febre chikungunia. A relação entre o vírus e a má-formação genética ganhou força depois que o microrganismo foi identificado em duas gestantes em cidades do nordeste brasileiro. Em Viçosa, o setor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde informou que nunca teve registro ou suspeita desse vírus no município.

A microcefalia é uma condição rara em que o bebê nasce com o crânio do tamanho menor do que o normal. Em 90% dos casos, esse problema vem associado a um atraso no desenvolvimento neurológico, psíquico e motor na criança.

Na maior parte dos casos o problema é causado por infecções adquiridas pela mãe nos primeiros três meses de gravidez. Outras possíveis causas são o abuso de álcool de drogas ilícitas durante a gestão e síndromes genéticas.
A microcefalia pode ser detectada pode ser detectada com exames de ultrassonografia.

Não há como reverter a microcefalia com medicamentos ou outros tratamentos específicos. No entanto, é possível melhorar o desenvolvimento e a qualidade de vida da criança com o acompanhamento por profissionais como fisioterapeutas, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais.

Zika vírus

No Brasil, esse microrganismo foi identificado pela primeira vez em abril deste ano. Segundo o Ministério da Saúde ocorrências já foram registradas em Roraima, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Paraná.

O zika pertence à família dos vírus da dengue e da febre amarela. Os principais sintomas da doença transmitidas por esse vírus são febre intermitente, erupções na pele, coceira e dor muscular. Apesar das semelhanças, o zika vírus é muito menos agressivo que o vírus da dengue: não há registro de mortes relacionadas à doença. A evolução é benigna e os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente em um período de 3 até 7 dias.