Viçosa dá adeus ao seu ex-prefeito Geraldo Faria
Desde as 14 horas de hoje, quarta-feira, 18, na Capela Mortuária do Hospital São João Batista, em Viçosa, o velório do ex-prefeito local, Geraldo Lopes de Faria. Ainda não está definido o horário do sepultamento. Dezenas de pessoas comparecem ao local, para prestar as últimas homenagens ao ex-chefe do Executivo.
Filho do casal Joaquim Lopes de Faria (Joaquim Celeiro) e Dona Geraldina Machado Faria (Dona Mulata), de tradicional família viçosense, Geraldo foi eleito prefeito municipal para o quadriênio 1967-1970. Fundador, em 1955, da Companhia Telefônica de Viçosa, tendo dirigido-a por seis anos, fundou e dirigiu também o jornal A Cidade. Escrivão e tabelião titular do Cartório do 2º Ofício de Notas da Comarca de Viçosa, Geraldo Faria, casado com Liana Nascif de Faria, teve três filhos: Guilherme, Maurício e Henrique. Em sua gestão foram realizadas obras marcantes para o desenvolvimento municipal, como a Estação de Tratamento e Distribuição de Água, a criação e instalação do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), e a vinda da Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG). Assinalou seu mandato uma realização ímpar: a aquisição de um prédio próprio para a Prefeitura. Em conformidade com o Decreto-lei 201, de 27 de fevereiro de 1967, Geraldo Faria adquiriu, por 100 mil cruzeiros, o prédio do Viçosa Clube, na Praça do Rosário, onde passou a funcionar a Prefeitura Municipal, com a devida autorização da Câmara. Foi em período administrativo que se realizaram uma das muitas reformulações da avenida Santa Rita, com alargamento das ruas, calçamento e reconstruções dos jardins, além da modernização da Praça do Rosário com novo calçamento de bloquetes e construção do jardim e de muro de arrimo ao longo da avenida Bueno Brandão (suporte do balaústre), a abertura da estrada Viçosa-Monte Celeste e do campo de aviação ao bairro Nova Era, no atual bairro Santo Antônio. Foi em seu governo que se construiu o monumento ao presidente Arthur Bernardes, na praça Silviano Brandão e se instalaram a feira-livre, a Biblioteca e Pinacoteca municipais no 3º pavimento do edifício da prefeitura. Calçaram-se também em sua administração, de bloquetes, as ruas Arthur Bernardes (atual calçadão), a praça Silviano Brandão, a praça Dr. Christovam Lopes de Carvalho, a Praça da Estação, a Vila Dr. Horta e parte da P. H. Rolfs. Faria também determinou a abertura dos bairros Santo Antônio, Fátima, Ramos e Clélia Bernardes.
Período do regime militar, a repressão tinha máxima importância, e a administração municipal de Viçosa sofreu uma intervenção federal, sendo ele afastado sumariamente de suas funções, sem que houvesse cassação pela Câmara ou decisão judicial desfavorável à sua administração. Na ocasião foi nomeado interventor Dr. Abel Jacinto Ganem Júnior, que veio de Belo Horizonte, e assessorado por Mário Calvão da Silveira, de São Lourenço (MG), até as eleições de 1970, quando se elegeu prefeito o médico Carlos Raymundo Torres.
Geraldo Faria deixa viúva Liana Nascif de Faria e três filhos: Henrique, Guilherme e Maurício.
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