Variante do coronavírus com 18 mutações é encontrada em Minas Gerais
Pesquisa da UFMG feita com amostras da região metropolitana detectou variações até então desconhecidas
Uma nova variante do coronavírus, potencialmente mais letal, pode estar circulando em Minas Gerais, principalmente na região metropolitana da capital, Belo Horizonte. É o que aponta uma pesquisa feita pela Universidade Federal de Minas Gerais e o Grupo Pardini.
A equipe de pesquisadores sequenciou 85 genomas do Sars-CoV-2 e, desse total, identificou dois novos genomas com um conjunto de 18 mutações nunca antes vistas, o que caracteriza uma possível nova cepa do vírus. Os estudos mostraram que os genomas são oriundos da primeira linhagem do vírus, com mutações das variantes brasileiras de Manaus e Rio de Janeiro, e as cepas africana e britânica. Todas elas são associadas a um alto grau de transmissão e tem se revelado mais letais.
As amostras foram coletadas na região metropolitana nos dias 27 e 28 de fevereiro deste ano. “Não existem evidências de ligação epidemiológica entre ambas, como parentesco ou proximidade geográfica entre os infectados, o que reforça a plausibilidade de circulação dessa nova possível variante”, afirma o professor Renato Santana, do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG.
O trabalho será submetido a periódico científico. De acordo com os pesquisadores, os resultados da pesquisa sugerem que são urgentes os esforços de vigilância genômica na região metropolitana de BH e no estado de Minas Gerais para a avaliação da situação dessas novas variantes de Sars-CoV-2.
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