Superlotação do Presídio de Viçosa preocupa
Com ocupação maior do que o dobro de sua capacidade, a situação do Presídio de Viçosa preocupa as autoridades, a comunidade, os detentos e seus familiares.
Construído inicialmente para aprisionar 96 detentos, o Presídio de Viçosa recebeu uma reforma em há um ano e teve sua capacidade expandida para 130 encarceramentos, entre homens, mulheres e, em alguns casos, para acautelamento de menores infratores, que ali pode ficar detido por apenas alguns dias.
A situação preocupa, já que a superlotação da unidade prisional pode gerar conflitos entre os internos, que muitas vezes pertencem a facções criminosas rivais e que não podem ser colocados nas mesmas celas, sendo a segurança dos detentos de responsabilidade do Estado.
Preocupados com os seus parentes e com o tratamento que estão recebendo na unidade prisional de Viçosa, familiares de detentos entregaram à direção do presídio, ao Ministério Público e a comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) uma carta pedido para que os órgãos competentes tomem medidas para minimizar os problemas.
Diretor fala
Ao Folha da Mata, o diretor do Presídio de Viçosa, Vinícius, respondeu que no presídio nenhum dos internos dorme sem colchões, mas como as celas abrigam mais internos do que comportam, alguns presos têm que dividir os colchões que cabem na cela. Quanto à violência por parte dos agentes para com os acautelados, o diretor do presídio disse que não há essa prática, mas confirmou que um agente alvejou um dos internos que usava maconha no pátio durante o banho de sol. Segundo Vinícius, esse foi um fato atípico, e que o agente foi punido e transferido para outra unidade prisional do estado.
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