Processo criminal contra vereador Paulinho Brasília é extinto
Um processo que corria na Justiça Criminal de Viçosa contra o vereador e radialista Paulo Roberto Cabral (Paulinho Brasília – PPS) foi extinto durante audiência realizada na tarde de 11 de março.
O processo teve início depois que E S S L. registrou boletim de ocorrência policial por injúria, contra o vereador. O documento foi enviado ao Ministério Público, que deu prosseguimento à causa e, depois de audiência, ofereceu transação penal, que foi aceita pelo vereador. Pelo processo de transação penal, foi estabelecido entre as partes um acordo de extinção do processo por injúria pela prestação de serviços à comunidade, à base de uma hora por dia, durante três meses, a ser prestada em algum órgão da Prefeitura de Viçosa, devendo Paulinho Brasília procurar o Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social de Viçosa), para encaminhamento do serviço penal.
O vereador declarou à reportagem do Folha da Mata que já presta este tipo de serviços, voluntariamente, a diversas entidades do município e que a extinção do processo é importante para que trâmites judiciais não atrapalhem sua campanha de reeleição à Câmara de Vereadores de Viçosa.
O ocorrido
A vítima procurou a polícia na manhã de 5 de novembro de 2015, para registrar boletim de ocorrência. Ela relatou à polícia que na tarde anterior se encontrava, juntamente com uma amiga, no segundo piso da loja Magazine Luíza, na Rua Arthur Bernardes, centro de Viçosa, quando o vereador se aproximou, lhe deu um abraço e disse “isso é caso antigo, relacionamento de mais de vinte anos, essa mulher já viu a coisa preta e gostou, deu até um braço por esse relacionamento ...". A vítima relatou que ficou profundamente ofendida e magoada com tal comentário e que é muito bem casada e nunca teve este tipo de relacionamento com o autor.
No dia seguinte ao registro da ocorrência, Paulinho Brasília procurou a polícia a quem relatou que “realmente se encontrou com a vítima no segundo piso do Magazine Luiza, tendo realmente lhe dado um abraço cordial, como sempre faz, já que é uma amiga de muitos anos e tinham liberdade para tal brincadeira, já que em outra ocasião, na Praça Silviano Brandão, trocaram brincadeiras neste contesto sem a infelicidade de citar o problema físico dela, que tudo não passou de uma brincadeira de mau gosto, que no momento do acontecido pareceu que ela tinha levado tudo na brincadeira já que se despediram alegres e sorridentes como sempre. Adianta ainda que no dia anterior, tão logo soube que ela estava registrando o Boletim de Ocorrência Policial, compareceu ao Quartel da PM, onde explicitou a ela que lamentava o ocorrido e que não sabia que a tinha magoado tanto, já que são amigos de longa data. Segundo o policial militar que registrou o BO, ao fim deste registro os dois se despediram com um abraço e ficaram de se encontrar em novamente no quartel para saberem qual providência ela iria tomar.
A vítima informou ao Folha da Mata que realmente já havia passado por outra situação constrangedora envolvendo o Paulinho Brasília. Segundo ela, quando caminhava pela Praça Silviano Brandão em companhia de seus filhos, Paulinho se aproximou, a abraçou, se dirigiu aos filhos da vítima e disse: “eu é que deveria ser o pai de vocês”, deixando-a totalmente sem graça.
Processo Civil
Outro processo corre na Justiça Especial Civil, movido pela própria vítima, E. S. S. L., que pede reparação financeira por danos morais no valor de R$ 20 mil.
Na primeira audiência deste processo, marcada para o dia 4 de fevereiro, Paulinho Brasília não compareceu e alegou ter sido intimado na véspera da audiência, não sendo possível comparecer.
Nova audiência de conciliação foi designada para o dia 13 de abril.
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