Polícia Civil prende Lequinha
Três dias depois de ter assassinado Carolina Rocha, 20, na terça-feira, 27, no bairro Inácio Martins (Grota dos Camilos), a Polícia Civil de Viçosa prendeu na tarde de sexta-feira, 30, Alexsandro Miranda Anastácio, conhecido por Lequinha. Em depoimento na Delegacia ele confessou ter matado Carol e informou ainda que no dia do crime teria saído de casa por volta das 5h30 e que pegou uma arma que havia comprado há oito meses, e foi à casa dos pais de Carol. Porém a mãe de Carol teria dito que ela não estava, mas depois de algum tempo viu Carol saindo correndo da casa e ainda que ele a parou e perguntou sobre o término do namoro ocorrido há um mês. Lequinha queria retomar a relação. Ele disse que ela não dava resposta se iria voltar para ele, por isso ele sacou a arma e deu dois tiros nela.
Após o crime que mobilizou muitas pessoas, policiais civis saíram em diligências pela zona rural de Paula Cândido e localizaram Lequinha numa mata fechada no Córrego dos Barros, e foi preso depois que a polícia o cercou. Ele tentou fugir, mas foi capturado e com ele estava a arma usada no crime. Segundo familiares Lequinha já havia ameaçado Carol outras vezes. No dia 25, ele teria mostrado uma arma de brinquedo a Carol, mas segundo Lequinha o objeto foi queimado durante o incêndio na residência de sua avó.
O assassinato
Carolina Rocha, 20, foi assassinada por volta das 7 horas de terça-feira, 27, na rua Maria das Neves Costa Amaral, bairro Inácio Martins, em Viçosa. Carol estava caída na calçada, ensanguentada, com as costas apoiadas na parede de um prédio. Segundo informações da Polícia Militar, ela mantinha um relacionamento com Alexsandro Miranda Anastácio (Lequinha), 39, mas eles teriam terminado há cerca de duas semanas e ele não aceitou o fim do relacionamento. Alguns populares escutaram Carol gritando por socorro, correndo pela rua. Ainda segundo testemunhas, Lequinha forçava Carol a lhe abraçar e, depois que ela conseguiu se livrar dele e atravessar a rua, foi alvejada por tiros disparados por uma arma de fogo que ele empunhava. As mesmas testemunhas viram quando Lequinha saiu correndo com uma mochila nas costas em direção a uma trilha que dá acesso ao bairro João Braz e logo em seguida viram o corpo da vítima caído. A polícia foi até a casa de Lequinha, mas ele não foi localizado. Segundo a perícia, um projétil acertou a face da vítima. Anônimos revelaram à polícia que "Lequinha estava obcecado por Carol". Ninguém no local quis se pronunciar sobre o ocorrido. A morte de Carol gerou grande indignação na comunidade. O sepultamento aconteceu na manhã de ontem, quarta-feira, 28, acompanhado por um grande número de pessoas.
Casa incendiada
A residência onde Lequinha mora foi incendiada horas depois do crime. O imóvel, que pertence a sua avó, localiza-se na rua Novo Horizonte, bairro Bom Jesus, em Viçosa e foi incendiado por volta das 11 horas da manhã de terça-feira, 27. Segundo informações da polícia, o crime é uma retaliação pela morte de Carol. Ainda segundo a polícia, um morador da Grota dos Camilos se mostrou muito exaltado com a morte de Carol e gritou "a polícia não resolve nada. Não esquenta, Wendell, nós vamos cobrar do nosso jeito. Vamos botar pra quebrar hoje. Vai ser de vários calibres. Ele e a família dele vão pagar. E ninguém passa nenhuma informação para polícia. Nós temos nossa própria lei". Momentos depois a polícia foi informada sobre o incêndio na residência da rua Novo Horizonte onde mora uma mulher de 82 anos. Dois quartos e alguns objetos foram queimados (colchões, sofás, televisores, armários e enfeites).
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