PMV constata obstrução de manilha no Shopping Chequer

Reforma da rede entre a praça Dr. Mário Del Giudice e São Bartolomeu é avaliada em R$ 25 milhões

PMV constata obstrução de manilha no Shopping Chequer

A Prefeitura Municipal de Viçosa terá que investir cerca de R$ 25 milhões se quiser reformar a rede que liga os ribeirões da Conceição e São Bartolomeu. A informação partiu do secretário de governo da Prefeitura de Viçosa, Luciano Piovesan Leme, que assegura que a galeria do córrego da Conceição está obstruída, no trecho que passa pela Av. Castello Branco, no acesso ao edifício de mesmo nome, alguns metros antes de desaguar no São Bartolomeu.
Sobre as causas da obstrução da rede, Luciano conta que durante a construção do edifício, no número 16 da Castello Branco, o construtor ergueu uma galeria de 30 metros, em frente ao prédio, mas esta galeria ainda não liga nada a coisa alguma. Segundo Luciano, essa galeria poderá ser usada futuramente, depois que a PMV reformar toda a rede que parte de trás do Shopping da Moda, na confluência da Praça do Rosário com a Rua Padre Serafim, e passa pelas imediações do Posto do Beto, atravessa a P. H. Rolfs e deságua no São Bartolomeu. Luciano informa que cálculos preliminares mostram que o custo da reforma, em valores de hoje, chegaria à casa de R$ 25 milhões. Pelo alto valor, ele acredita que a Prefeitura não tem como fazer esta reforma tão cedo.
Luciano relevou que durante a construção do prédio e com a utilização de bate-estacas, foi danificada a galeria de manilhas, construída, segundo ele, na década de 1960, resultando no represamento da água pelo acúmulo de detritos, situação que se torna mais grave quando a chuva provoca enchentes. “Uma das estacas batidas durante a construção atravessou a manilha, a água invadiu a galeria construída, onde ficou represada e acabou danificando áreas externas de acesso aos prédios”, detalhou o secretário.
Luciano disse que a PMV notificou o construtor para que ele resolva o problema, reconstruindo a galeria de manilhas para liberar a passagem da água. Ele avalia que provavelmente o pilar do prédio que atravessou a manilha deverá ter que ser cortado para que a passagem da água seja liberada.
Contactato, o construtor Antônio Lelis afirmou não ter recebido nenhuma notificação e que os problemas de obstrução das antigas manilhas já foi solucionado.

Resumo do caso
A obra de construção do Edifício Castello Branco foi questionada em seu início pelo Ministério Público da Comarca de Viçosa, sob a alegação de que estava em desacordo com as leis de preservação ambiental, inclusive sendo edificada sobre galeria pluvial. O MP também notificou, à época, a Prefeitura de Viçosa por ter liberado o alvará de construção, apesar das supostas irregularidades apontadas. Posteriormente, a construção foi liberada após um acordo de compensação que obrigava a empresa construtora a financiar investimento em preservação de área ambiental no chamado Parque do Cristo, área municipal no alto do bairro Bom Jesus, aos fundos do antigo Colégio de Viçosa.