Geraldão comemora 20 anos de música neste sábado (22)

Programação do evento conta com show da cantora Carla Sceno e da Baurets, banda do Geraldão

Geraldão comemora 20 anos de música neste sábado (22)

O músico Geraldo Luís Andrade, Geraldão, comemora duas décadas de carreira musical, neste sábado, 22, durante o evento "Segue O Baile - Celebrando 20 anos de Carreira do Geraldão". A celebração ocorre no Espaço Pau Brasil, das 16 às 22 horas.

Uma tarde e noite regados a chopp, drinks, mesa mineira e música de qualidade, tudo no sistema "all inclusive", marcam a festividade. Os interessados devem fazer suas reservas pelos whatsapps: 31 98823-9004 ou 31 99604-6724.

A programação conta com o show da cantora Carla Sceno, musa musical viçosense, participante do The Voice Brasil (2020) e em ascensão na música brasileira. E também o show da Baurets, banda do Geraldão, que contará com algumas participações, dentre elas, do guitarrista César Sant' Anna, integrante da primeira banda que Geraldão fez parte, a Urublues. 

E foi com a Urublues, em 19 de abril de 2003, que o músico iniciou nos palcos, durante evento do curso de Engenharia de Alimentos no renomado e extinto Galpão.

De lá até os dias de hoje, Geraldão, que é cantor autodidata, assumiu o vocal das bandas: Urublues, Blackie List , UprojetU, Pura Água, Arteria, Geral Dusom e a Baurets, na qual atua desde 2017. 

O ano comemorativo aos 20 anos de carreira levou o músico a fomentar o trabalho paralelo, Segue O Baile, com o qual vem fazendo alguns shows especiais e que dá nome ao evento deste sábado. 

O músico adianta que mesmo comemorando 20 anos de estrada, tem novidades vindo ai. Junto de Marcos Bal, Junior Ramos e Sérgio Freitas, prepara para o próximo mês o lançamento da "O Rappa Mundi Cover" que ingressa no mercado dos covers, tão badalado nos grandes centros. 

Quando questionado sobre música autoral, o cantor não desconversa. "Por ter começado aos 24 anos na música, muito rápido percebi que o grande barato é viver as etapas do processo. Hoje me considero num estágio intermediário para um autodidata, vou evoluir mais um pouco, e se Deus quiser chegar ao trabalho autoral. Mas, sem ansiedade, pretendo deleitar-me por uns muitos bons anos na música. Algumas coisas escritas já existem e, suavemente, vamos nos aperfeiçoando ", salienta. 

Quanto a experiências em palcos, o músico diz não saber quantificar pois para ele "cada segundo é sagrado fazendo arte". Mas alguns momentos são citados como os shows de abertura para grandes da música brasileira como Marcelo D2, Nando Reis, Nenhum de Nós, Pedra Letícia, Ventania e Só Parent. 

Geraldão conta também que o período de pandemia foi o mais atípico e possibilitou se reinventar por meio das lives. Ele destaca um projeto maior que foi o musical "Primavera", um tributo a Tim Maia, em comemoração aos 149 anos de Viçosa e que contou com a participação de 12 músicos e dos membros do Grupo Impacto de Dança e convidados. "Ficar longe dos shows e do público não foi fácil. Mas foi momento de aprendizado, principalmente no quesito produção e gestão de carreira. Ufa, passou, sigamos no propósito de animar a galera e instigar o "faz barulho aê", brinca o músico que utiliza se desse jargão, repetidas vezes ao longo dos shows.

Ele acredita que os desafios continuarão, afinal, sempre é desafiador. Mas de acordo com o músico, o que mais preocupa é a forma como a música vem sendo concebida. "Quem sou eu para julgar qualquer trabalho, principalmente o artístico que é algo subliminar. Mas na minha opinião, cada vez mais o grande mercado fonográfico valoriza as produções menos elaboradas, de menos técnica, criando uma reação em cadeia que deixa o público menos crítico e mais consumidor de artes que pregam pelo erotismo, a ostentação, enfim a inversão de valores em detrimento ao poder questionador e reflexivo que a arte costumava propor, no caso da música nos diferentes ritmos. Mas o que aprendi com os meus grandes gururs é que não podemos parar: Segue O Baile".

Uma passagem com Carla Sceno

Sobre a convidada para o "Baile", Carla Sceno, Geraldão conta o que viveu ao dividir o palco com ela, a sua maior experiência artística. "Participei do espetáculo "O menino que achou uma estrela" da obra de Clarice Lispector, que reuniu mais de mil crianças e adolescentes de projetos de arte-educação em dança, circo e outras artes. Foi uma experiência inexplicável. Eu compus o núcleo musical do espetáculo que tinha como cantora principal, Carla Sceno, na época Carlinha, com os seus 15 pra 16 anos, mas cantando igual "anciã", em meio a nomes da pesada da música da cidade, como Thomas Medeiros (Bulldog) e Sérgio Freitas e uma turma da Universidade Bituca. Ali já virei fã da Carla" conta Geraldão.

 


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