Ex-vereador de Muriaé é condenado a mais de 11 anos de prisão por lavagem de dinheiro e associação criminosa
O ex-parlamentar já havia sido condenado a 5 anos de prisão pela prática de corrupção
O ex-vereador e ex-presidente da Câmara de Muriaé, Carlos Delfim Soares Ribeiro, investigado pela prática de crimes de associação criminosa e lavagem de dinheiro, foi condenado a 11 anos de prisão em regime fechado.
A informação foi confirmada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) da Zona da Mata, que investigava o parlamentar.
Segundo o Gaeco, o parlamentar se associou à esposa e ao seu assessor para ocultar o seu patrimônio ilícito, decorrente dos crimes de corrupção, concussão e peculato, seja adquirindo veículos, maquinários e outros bens em nome de terceiros, seja constituindo empresas de construção em nome de “laranjas”.
Além do vereador, foram condenados sua esposa e o seu assessor parlamentar, sendo todas as penas superiores a 11 anos de reclusão, em regime fechado.
Também foi decretada a perda de veículos, máquinas escavadeiras e carregadeiras em favor do Estado de Minas Gerais, bem como a interdição do exercício pelos réus de qualquer cargo ou função pública.
Em outro processo, decorrente da operação Catarse, o vereador já havia sido condenado pela prática de corrupção e 24 crimes de concussão (exigência de vantagem indevida em razão do cargo), a uma pena de cinco anos e quatro meses de reclusão, a ser cumprida no regime semiaberto. Ele ainda responde na Justiça pelo cometimento de 178 crimes de peculato e dois delitos de lavagem de dinheiro.
Operação Catarse
A operação Catarse foi deflagrada em novembro de 2021, com o objetivo de apurar a prática dos crimes de corrupção passiva, concussão, peculato, fraude à licitação, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A operação já cumpriu diversos mandados de busca e apreensão, mandados de prisão preventiva, mandados de afastamento de cargo público, mandados de indisponibilidade, constrição e bloqueio de bens e valores dos investigados num patamar aproximado de R$ 12,5 milhões.
Comentários (0)
Comentários do Facebook