Estudo para identificar nova variante do coronavírus começa na próxima semana em Viçosa
Pesquisadores da UFV farão sequenciamento genético do vírus para descobrir possíveis mutações no vírus e ajudar a nortear as políticas públicas de saúde
A Universidade Federal de Viçosa (UFV) dará início na próxima semana aos estudos para identificar se há possíveis novas variantes do SARS-CoV-2 circulando em municípios da região.
Os vírus tem como característica evoluírem junto com o hospedeiro ao longo do tempo. Mas, ainda não existem indicativos de que uma nova variante, apontada como mais letal e transmissível, esteja contaminando viçosenses.
A pesquisa da UFV será coordenada pelas professoras Poliane Alfenas Zerbini e Simone Guimarães e pelo professor Murilo Zerbini e integram uma força-tarefa entre várias universidades do país, que estão empenhadas em estudar as variantes do vírus que causa da Covid-19.
SEQUENCIAMENTO GENÉTICO
A pesquisa consiste em fazer um sequenciamento genético completo do vírus e analisar tanto as variantes já conhecidas quanto possíveis mutações. Por meio de uma amostra de um caso positivo de Viçosa, os pesquisadores vão identificar o genoma do vírus e comparar com a sequência genética original.
A pesquisa terá início na próxima semana. O equipamento necessário para o sequenciamento estava em manutenção periódica e já retornou para o laboratório. A máquina é capaz de sequenciar o genoma em até 24 horas. Incluindo os prazos para a definição de protocolos, dentro de 15 dias já será possível ter algum resultado.
A Professora Poliane Zerbini afirma que o estudo pretende oferecer mais informações para aprimorar a tomada de decisões de combate à doença: “a compreensão do grau e da dinâmica da diversificação das variantes e a identificação dos locais sujeitos à seleção positiva das variantes são essenciais para estabelecer respostas à saúde pública praticáveis e proporcionais ao problema, que vão desde orientações sobre isolamento e quarentena até a vacinação”, explica.
Equipamentos que serão usados no sequenciamento genético do coronavírus (Foto: Poliane Zerbini)
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