Estádio Municipal de Viçosa não deverá sair do papel

O secretário de Governo, Luan Campos, falou sobre as obras que estão programadas, mas não deverão sair do papel por falta de verba

Estádio Municipal de Viçosa não deverá sair do papel

O contrato assinado pelo prefeito Raimundo Nonato Cardoso (Raimundo Violeira-PSD), no último dia 21 de janeiro, com a empresa GML Engenharia Ltda, de Belo Horizonte, representada por Márcio Massaud Mesquita Filho, vencedora da Concorrência Pública 024/2020, está em vigor, mas a tão esperada ordem de serviço ainda não foi dada pela administração municipal.

De acordo com apuração da reportagem do jornal Folha da Mata, o impasse está na indisponibilidade de recursos financeiros para tocar a obra. Para agravar a situação, a empresa já pediu realinhamento do contrato, alegando alta nos preços dos materiais de construção civil. A prefeitura aguarda a planilha atualizada para avaliar o pedido de aditivo.

A obra tem custo inicial previsto de R$ 1.924.804,00. Desse total, estão garantidos apenas R$ 593.684,00, provenientes de convênio firmado com a Segov (Secretaria de Estado de Governo), através de emenda parlamentar do deputado estadual Roberto Andrade. Ao município cabe inteirar, nada menos, que R$ 1.410.963,00, como contrapartida, recurso sem previsão orçamentária e indisponível no caixa municipal, no momento.

O Campo de Futebol de Viçosa está previsto para ser erguido, no bairro Cidade Nova, na rua Leonor de Oliveira. Sua área é de cerca de 19 mil m² e do projeto consta a construção de vestiários e arquibancada (para 800 pessoas) em concreto estrutural. O empreendimento deverá ter rampa de acessibilidade e área de estacionamento para veículos, sistema de combate a incêndio e pânico e com moderno conjunto de irrigação e drenagem. O prazo para a sua conclusão é de até 120 dias, a partir da liberação da ordem de serviço pela prefeitura.

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Foto: arquivo

 

ESCLARECIMENTO NA CÂMARA

Na última sexta-feira, 5, uma comissão da Prefeitura participou de uma reunião na Câmara e apresentou explicações sobre as diversas obras, licitadas, e que ainda não foram iniciadas. O encontro contou com a participação do secretário de Governo, Luan Campos; da secretária de Obras e Serviços Urbanos, Elaine Silva; do secretário de Finanças, Luís Silva; e do secretário de Fazenda, Dionísio Márcio, além dos vereadores.

O vereador Rogério Fontes (Tistu-PSL) questionou o secretário Luan sobre “o compromisso da atual gestão no que diz respeito a essas obras na cidade, qual é o cronograma de início e fim das mesmas. A cada ano a população acaba sofrendo na mão do Executivo e gostaria de saber o que vai ser melhorado nesse sentido’’, salientou o parlamentar. 

Sobre o questionamento, Luan esclareceu que “a atual gestão começou numa situação muito complicada, em um panorama de crise e contenção. Não estamos aqui para apontar culpados, mas sim para relatar com dados aquilo que nós encontramos”.

Seguindo a fala do secretário Luan, o secretário de Finanças explicou que “qualquer obra que foi contratada no passado, por exemplo, está ocorrendo um balanceamento devido a alguns itens que sofreram inflação expressiva. Além disso, existem obras de grande porte, como a da Barrinha, que custará milhões à Prefeitura’’.