Encerramento da face diocesana do Processo de Beatificação do Servo de Deus Dom Luciano será nesta sexta-feira
A missa em ação de graças e a sessão pública com as formalidades canônicas de encerramento da fase diocesana do Processo de Beatificação do Servo de Deus Dom Luciano Pedro Mendes de Almeida serão realizadas nesta sexta-feira (15), às 19 horas, no Santuário de Nossa Senhora do Carmo, em Mariana.
A celebração contará com a presença de padres, diáconos, religiosos e religiosas, seminaristas e leigos, além dos familiares, bispos, jesuítas, amigos e admiradores do Servo de Deus Dom Luciano.
A fase diocesana do processo foi concluída pelo Tribunal Eclesiástico da Arquidiocese de Mariana no dia 21 de maio. Os trabalhos ultrapassam o número de seis mil páginas, incluídos os anexos. Os originais ficarão arquivados e lacrados na Arquidiocese de Mariana e duas cópias serão encaminhadas à Santa Sé.
Segundo o delegado episcopal do processo, monsenhor Roberto Natali Starlino, os documentos serão entregues para Congregação para as Causas dos Santos. “Estes documentos iniciais enviados à Roma irão comprovar a virtude de Dom Luciano. Na congregação serão nomeadas duas comissões, uma para analisar a teologia dos escritos e outra para analisar a parte histórica. Esses documentos serão estudados, para ver se estão seguindo as exigências da lei e para ver se não há nenhum erro de doutrina. Depois de tudo aprovado, essas comissões irão dar uma nota ao material. Com a aprovação, o Papa vai dar um decreto e assim começa a fase em que Dom Luciano será chamado de venerável”, disse.
Monsenhor Roberto Natali explica que para Dom Luciano ser beatificado precisa ser comprovado um milagre. “Para ser provado este milagre iremos iniciar uma outra etapa, que também terá uma fase diocesana e outra romana. Com o milagre comprovado Dom Luciano se torna beato. Para sua canonização acontecer um segundo milagre precisará ser comprovado”, ressalta.
Processo de Beatificação
Dom Luciano Pedro Mendes de Almeida, quarto arcebispo de Mariana, faleceu no dia 27 de agosto de 2006, em São Paulo. Dom Geraldo Lyrio Rocha, que assumiu a Arquidiocese de Mariana 10 meses depois, percebendo os sinais de uma autêntica e difundida fama de santidade de Dom Luciano, depois de ouvir os devidos organismos de consulta da Arquidiocese, deu início à Causa.
De acordo com o postulador da fase diocesana, cônego Lauro Sérgio Versiani Barbosa, compete ao bispo diocesano de onde morreu o Servo de Deus ou àquele bispo a quem Roma transfere a competência mediante autorização do Bispo competente, a sondagem acerca das virtudes dos servos e servas de Deus. “Este foi o nosso caso: o Cardeal de São Paulo, onde morreu Dom Luciano, autorizou a transferência do Processo para a Arquidiocese de Mariana e a Congregação para a Causa dos Santos, em Roma, assim o fez”, explica.
No dia 20 de maio de 2014, cônego Lauro fez o pedido de introdução da Causa de Beatificação e Canonização do Servo de Deus Dom Luciano, depois de recolher a documentação acerca da referida fama de santidade. Acolhendo favoravelmente o pedido do Postulador, Dom Geraldo publicou a notícia, iniciou o inquérito diocesano nomeando os oficiais: Delegado Episcopal, Promotor de Justiça e Notários. A instalação do Tribunal composto também por estes oficiais aconteceu em sessão pública, no dia 27 de agosto de 2014, Catedral da Sé, em Mariana.
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