Empresário de 28 anos é preso em Viçosa em operação contra gangue de estelionatários
Falsa financeira atuava em três estado e movimentou R$ 2 milhões nos últimos dois meses
Um empresário do ramo financeiro de 28 anos, membro de uma gangue de estelionatários, foi preso em Viçosa na manhã desta quinta-feira (21) pela Polícia Civil. A prisão aconteceu durante uma operação realizada pela Polícia Civil do Distrito Federal, com apoio de delegacias de São Paulo e Minas Gerais.
A operação denominada “Hard Times” (tempos difíceis) teve o intuito de desarticular uma organização criminosa de estelionatários especializados no golpe de portabilidade de empréstimos consignados.
Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal, a investigação teve início há cinco meses quando um servidor público morador de Taguatinga (DF) recebeu uma proposta vantajosa de portabilidade de seu empréstimo consignado. Contudo, após o servidor receber o dinheiro do novo empréstimo, ele foi convencido a transferir o dinheiro para uma falsa empresa financeira, acreditando que estaria quitando seu empréstimo, tendo ficado com um prejuízo aproximado de R$ 200 mil.
Após a conclusão da investigação, foram identificados seis integrantes da organização criminosa, que tiveram suas prisões preventivas decretadas pela 3ª Vara Criminal de Taguatinga, que também expediu nove mandados de busca e apreensão e determinou o sequestro de veículos automotores e de até R$ 2 milhões de reais, correspondente ao valor movimentado pelas falsas financeiras no período de dois meses.
A líder do grupo é uma correspondente bancária de um banco público que mora em Indaiatuba (SP) e utilizava falsas financeiras de moradores das cidades de Ouro Verde (SP) e Viçosa. Já o núcleo de cooptação de clientes funcionava em São Paulo e era composto por jovens que mantinham contato com cliente a partir de uma “central” que funcionava dentro de uma produtora de videoclipes musicais, na Cidade Patriarca (SP), pertencente aos próprios estelionatários.
Em Viçosa, além da prisão do empresário de 28 anos, os policiais apreenderam vários materiais, como notebooks, celulares e documentos. O preso foi encaminhado para o presídio de Viçosa.
Os autores irão responder pelos crimes de estelionato (fraude eletrônica), organização criminosa e lavagem de capitais, podendo ser condenados a até 26 anos de prisão. Já os valores sequestrados serão revertidos para sanar o prejuízo causado às vítimas.
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