Caminhoneiros mantêm greve e movimento continua em Viçosa

Caminhoneiros mantêm greve e movimento continua em Viçosa

Segue firme o movimento dos caminhoneiros em Viçosa e nessa sexta-feira, 25, os motoristas de vans engrossaram a fileira reforçando a manifestação que acontece na BR- 120, no bairro Novo Silvestre.

De acordo com Leomar Santana, presidente da Cooperativa de Vans de Viçosa, a categoria resolveu aderir ao movimento por entender que a causa é de todos e que se houver ganhos, não serão somente para os caminhoneiros.

Ele disse que todos os cooperados estão engajados no movimento, à exceção das vans escolares que continuam prestando os seus serviços à população por força de contrato com escolas e com o próprio município.

Virgílio Melo, um dos coordenadores do movimento em Viçosa, disse que a manifestação segue forte e sem previsão para terminar.

Acordo

Em nível nacional, apesar do acordo anunciado pelo governo brasileiro com os caminhoneiros, ontem, quinta-feira, 24, os motoristas mantêm nesta sexta-feira, 25, a greve geral, que entra em seu quinto dia. Pelo acordo, os caminhoneiros deveriam voltar ao trabalho progressivamente e manter uma trégua de 15 dias, a fim de evitar uma crise de desabastecimento no Brasil. Em diversas cidades, há falta de alimentos e combustíveis, problemas em aeroportos e ônibus devido ao desabastecimento, e até frotas policiais estão sendo reduzidas.

Sem caminhões para as entregas, vários setores comerciais e profissionais, inclusive o hospitalar, também estão sem suprimentos e cirurgias foram canceladas.

O protesto é contra o aumento do preço do diesel, após o produto sofrer 11 reajustes em 17 dias. Como o preço do petróleo subiu, a Petrobras repassou as flutuações das cotações internacionais às refinarias. Mas, na quarta-feira, o presidente da estatal, Pedro Parente, disse que reduziria o preço do diesel em 10% por 30 dias. O governo também prometeu abrir mão de impostos, como a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), que incide 1% sobre o combustível, para baratear o preço final. A desoneração implicará em perdas bilionárias aos cofres públicos.

O governo tinha aceitado 12 propostas exigidas pela categoria, mas se negou a acatar a principal reivindicação: a isenção do PIS/Cofins sobre o óleo diesel.