Arreda leva grande público ao Fernando Sabino
Em duas noites de espetáculos o Êxtase Cia de Dança comemorou 10 anos de profissionalização com apresentações de “Arreda” e também com espetáculos dos convidados Grupo Êxtase Experimental com “Cachorro Perdido”, e Grupo Impacto com “Baobás”. A estreia do 13º trabalho do Êxtase “Arreda”, o primeiro totalmente autoral, contou com coreografia dos bailarinos Cleison Lana e Wellington Júlio, que encantou e surpreendeu a todos os presentes.
A inspiração mineira fortemente presente em “Arreda” foi percebida pelos espectadores com alegria, e essa representatividade marcou a experiência do jornalista Jonathan Fagundes que se disse emocionado com o trabalho. “Dá pra sentir na pele a vivência das lavadeiras do Vale do Jequitinhonha, a força das benzedeiras enquanto os bailarinos dançam. Sensacional a experiência”.
Mariana Bretas acompanhou os dois dias de apresentações e também se disse comovida com o espetáculo. “Um trabalho maravilhoso. Sensível, potente e os bailarinos tem muito talento. Fico surpresa de ver essa qualidade no interior de Minas”.
Bianca Christian, professora do curso de Dança da UFV, destacou o cuidado que os coreógrafos tiveram em trazer as peculiaridades do interior de Minas para as cenas que enriqueceram o espetáculo e deixaram os bailarinos à vontade, em um lugar próximo e facilmente identificado pelo público.
O fim de semana também foi de estreia para o Grupo Impacto, que a convite do Êxtase, estreou seu trabalho autoral Baobás. Deise Eclache, Assessora Especial da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da UFV parabenizou os grupos pela força dos trabalhos e enfatizou que a Universidade se sente honrada em receber as estréias pela qualidade das obras produzidas na cidade porque “mostram a profissionalização, a formação dos artistas locais com essa habilidade criativa que eles foram desenvolvendo ao longo do tempo. Eu gostei de ver a casa cheia, a resistência, a luta, e os temas abordados nos espetáculos”.
Sobre os temas abordados a professora de Dança Maristela Lima (Teinha) apontou que as discussões tratadas são muito oportunas já que “o Brasil está passando por uma situação tão difícil de descrédito da política, do ser humano que governa, e quando vemos trabalhos artísticos que tem muita criatividade, força e envolve um empenho e esforço de tantas pessoas, ficamos orgulhosos. Isso emociona e eu fico muito feliz de saber que a arte resiste em Viçosa”.
Agora o Êxtase dará continuidade ao trabalho circulando por cidades da zona da mata e chegando a capital, Belo Horizonte no próximo ano. O Grupo conta com o incentivo da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Governo de Minas Gerais e patrocínio da Haskell, Viação União e Metalsider e o apoio Cultural do Jornal Folha da Mata e da PMV. A promoção do espetáculo de estreia foi da PEC - DAC - UFV numa realização do Núcleo de Produções Culturais, Instituto ASAS e Núcleo de Arte e Dança.
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