Geradores mantém funcionamento de hospitais em Viçosa durante apagão da Cemig
As vacinas estocadas na UBS do centro foram salvas por baterias que mantêm temperatura ideal das câmaras frias por até 24h
Moradores de Viçosa e outras 27 cidades da região ficaram sem energia elétrica na noite do último domingo, 16. O motivo foi uma falha em uma linha de distribuição de energia da subestação Mariana 2.
A Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) informou que a falta de energia ocorreu porque houve um desarme em um eixo na linha de distribuição dessa subestação, por volta das 19 horas, no domingo. As subestações conectadas neste eixo foram afetadas, causando interrupção de luz.
Equipes da Cemig encontraram um poste que apresentava risco de queda após ser atingido por um foco de incêndio em um matagal na saída de Ouro Preto para Mariana, ocasionando o desarme da linha de distribuição.
As cidades afetadas pelo apagão tiveram o serviço restabelecido a partir das 20 horas do mesmo dia, de forma gradual. Em Viçosa, a luz começou a voltar depois das 22 horas. À 1h40 de segunda-feira, todos os clientes atingidos haviam sido religados, de acordo com a companhia.
Apagões como este desafiam o funcionamento de serviços que não podem ser interrompidos, como o atendimento hospitalar. Ambos os hospitais de Viçosa possuem geradores, que mantêm pelo menos os serviços essenciais dessas instituições em funcionamento durante os apagões.
O Hospital São João Batista (HSJB), que atende quase 3 mil pessoas por mês no Pronto Atendimento, e mantém média mensal de 360 internações, possui dois geradores. O segundo, de maior potência, foi instalado no final de fevereiro e será ligado à usina de oxigênio da instituição.
Segundo a coordenadora do serviço de manutenção do HSJB, Nilza Barbosa, os geradores têm capacidade para atender todo o hospital e, durante o último apagão e nos anteriores, não houve registro de prejuízos materiais ou na prestação dos serviços.
No Hospital São Sebastião (HSS), um gerador também mantém os serviços essenciais funcionando, mas o equipamento não possui capacidade para todo o prédio. Alguns setores ficam sem energia, como a lavanderia, a área administrativa e a central de esterilização de material, um importante setor da unidade hospitalar.
De acordo com a diretora administrativa do HSS, Ildamara Menezes, quedas de energia, como a de domingo, não representam perigo para o suporte dos pacientes, mas atrapalham a rotina do hospital porque os setores que não são abastecidos pelo gerador ficam impossibilitados de produzir.
VACINAS
A Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Ponte Nova informou que sua Rede de Frio possui gerador, o que não comprometeu a manutenção das temperaturas exigidas para o armazenamento de imunobiológicos, incluindo as vacinas contra a Covid-19. Quanto aos municípios, a SRS acionou um a um, colocando-os em estado de alerta e orientando-os quanto ao armazenamento e transporte. De acordo com a assessoria da SRS, houve articulação entre hospitais, unidades de saúde e a própria sede da SRS para atender eventuais necessidades.
Ainda segundo a SRS, as câmaras frias distribuídas aos municípios garantem a manutenção da constância da temperatura e possuem durabilidade de bateria que, em caso de pico de energia ou desligamento da rede, é capaz de manter a refrigeração por até 24 horas, evitando perdas. Assim, diversos municípios não tiveram necessidade de realizar o remanejamento dos imunobiológicos para fora de seu território.
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