Saae quer entregar Estação de Tratamento de Esgoto em julho de 2024
A conclusão da obra, no que implica à parte física da Estação, deverá ocorrer ainda este ano
O presidente do Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto), o engenheiro eletricista Eduardo José Lopes Brustolini, juntamente com o diretor de Engenharia de Manutenção, João Lucas Lima Aquino Ganem, engenheiro civil e mestre em saneamento, receberam a reportagem do Folha da Mata na terça-feira (3), no complexo em construção que abrigará a ETE/Barrinha (Estação de Tratamento de Esgoto de Viçosa).
Na oportunidade, os dois dirigentes informaram que a empresa Perfil Engenharia se comprometeu a retomar a obra assim que receber os valores em atraso, que são referentes a cinco reajustes contratuais, e uma medição. Brustoline falou que o contrato do empréstimo foi assinado e o município já foi autorizado a solicitar o desembolso, o que deveria acontecer na quarta-feira (4). Com o desembolso em mãos, serão pagos R$ 950.628,45 de reajuste e R$ 425 mil de contrapartida, para o desbloqueio da última medição. Os recursos são provenientes de um empréstimo por parte da Caixa Econômica Federal (CEF), solicitado pela Prefeitura de Viçosa por meio do programa Finisa (Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento), voltado ao Setor Público.
A expectativa dos dois dirigentes é que, com a liberação do recurso, a obra tenha um maior volume de serviços a curto prazo. Porém, antes, a empresa terá que contratar vários funcionários, já que muitos foram dispensados por ocasião da paralização dos trabalhos, em julho último.
Brustoline e Ganem informaram ainda que, com a retomada, a conclusão da obra, no que implica à parte física da estação, deverá ocorrer ainda este ano. Mas, para entrar em operação estima-se um prazo de, pelo menos, um ano, uma vez que ainda falta uma série de procedimentos, como equipamentos e urbanização: “A nossa previsão é de que a ETE entre em funcionamento até julho de 2024. A parte estrutural está praticamente pronta, faltam o acabamento e a instalação de diversos equipamentos de grande porte, para que o complexo entre em funcionamento”, pontuou o presidente.
Outra informação foi sobre a rede de interceptores de esgoto, que já foi estendida até o local e está pronta para ser interligada à tubulação da usina, mas, por enquanto, despejando o montante coletado diretamente no rio. No percurso, faltam alguns ramais para serem interligados e, ainda, a extensão da rede dos ribeirões dos bairros Santo Antônio e João Brás. Os esgotos provenientes da Violeira e dos distritos de São José do Triunfo e de Cachoeirinhas, serão tratados em estações isoladas.
Para lembrar
Em sua edição nº 2886, de 6 de julho último, com o título “Obra da ETE da Barrinha parou de vez”, o Folha da Mata noticiava:
Quem viu a movimentação de operários da Perfil Engenharia e a movimentação de máquinas e caminhões na área da ETE (Estação de Tratamento de Esgoto), na Barrinha, no último mês de dezembro, teve a impressão de que o complexo estaria pronto para funcionar, neste mês de julho, conforme afiançou na ocasião o então diretor presidente do Saae, Marcos Nunes Coelho Junior.
Ficou só na impressão mesmo. Já a partir de fevereiro, com cerca de 57% da obra concluída, por questão de baixo valor na medição (parcelas de pagamento), a empresa diminuiu consideravelmente o ritmo e pouco se fez até a presente data. O último pagamento, referente a 20ª e 21ª medição, no valor de R$ 507 mil, foi efetuado em 12 de junho último.
Na segunda-feira (3), a informação que se tinha era de que a empreiteira havia parado totalmente a obra, dispensado parte de seus trabalhadores e transferido outros para frentes de serviços (obras) que a construtora tem em outros municípios. O motivo alegado foi justamente a falta de cumprimento das obrigações por parte do Município. Na noite de terça-feira, 04, o vereador Marcos Fialho levou o problema ao plenário da Câmara, inclusive apresentando um documento referente ao final do contrato celebrado com a Perfil em 2020, e já fora renovado uma vez) e cujo prazo encerrava neste mês.
Apesar de negar a princípio que a empresa não havia suspenso o contrato e que as obras continuavam embora em ritmo lento, na tarde de quarta-feira (5), Marcos Nunes, informou que soube, por intermédio do fiscal do Saae, que a empresa protocolou o pedido de suspensão do contrato na Prefeitura, mas que o Município ainda não havia dado uma resposta a empresa.
O Folha da Mata fez contato com a Prefeitura, que não quis se manifestar no momento.
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