Inflação cai em Viçosa, mas 2021 ainda acumula alta nos preços

Em todos os meses do ano, até agora, o índice de preços apresentou variação positiva

Inflação cai em Viçosa, mas 2021 ainda acumula alta nos preços

O ano de 2021 em Viçosa segue sentindo os reflexos globais da pandemia no cenário econômico. A inflação do mês de julho, calculada por pesquisadores do Departamento de Economia da Universidade Federal de Viçosa (UFV), foi de 0,83%. O índice é inferior ao do mês passado, que foi de 1,37%, mas, ainda assim, segue com variação positiva. No acumulado do ano, a inflação em Viçosa chega a 8,22%.

Para chegar ao cálculo do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), a pesquisa considera sete grupos diferentes de bens e serviços pagos pelo consumidor viçosense. Em julho, pelo segundo mês seguido, o grupo de vestuário, representado por produtos como calçados e roupas, foi o que teve maior alta nos preços (2,18%). Os itens de alimentação (1,71%), com destaque para hortaliças e verduras, também puxaram a inflação no município.

Os produtos de higiene e cuidados pessoais (0,86%) também sofreram reajustes positivos, assim como o grupo de transporte e comunicação (0,46%) e habitação (0,45%). Somente os itens de artigos de residência (-0,33%) e o grupo de educação e despesas pessoais (-0,12%) apresentaram queda na média de preços, de acordo com o levantamento.

CESTA BÁSICA

Acompanhando a alta da inflação, a cesta básica também ficou mais cara em Viçosa, com alta de 1,08% em julho, custando R$ 443,36. O valor é R$ 4,74 mais caro que o mês de junho, quando a média de preço caiu mais de 1% em relação ao mês anterior. Isso significa que pouco mais de 40% do salário mínimo é gasto, exclusivamente, com a aquisição dos produtos que compõem a cesta básica de alimentação.

O vilão do mês foi o tomate, que registrou alta de 15,65%, principalmente motivado pelo frio, que atrasou a colheita. O leite pasteurizado tipo C ficou 9,52% mais caro, graças aos aumentos nos custos de produção e na queda na oferta, também em função do inverno. A margarina (9,68%) e a batata inglesa (5,72), também foram reajustadas e impactaram no preço da cesta básica.

Já o arroz tipo 2, que teve uma grande alta de preços recentemente, sofreu queda de -11,77% na variação mensal. A banana também está mais barata (-8,95%), assim como o feijão vermelho (-1,91%).